Opinião: Põe na conta do juiz
O Santos jogou o suficiente para vencer o Vasco por 1 a 0 ontem à tarde na Vila Belmiro, num jogo em que teve o mérito de segurar estrategicamente o resultado no segundo tempo, quando ficou reduzido a dez homens, embora seja obrigação afirmar que o gol da vitória só ocorreu graças a um dos muitos erros cometidos pelo auxiliar Eremílson Xavier Macedo, que teve o aval também equivocado do juiz Héber Roberto Lopes.
A lamentar, num todo, a pancadaria dos primeiros 45 minutos. O Vasco começou melhor, valendo-se da boa movimentação que mostrava do meio para a frente, incluindo a chegada dos alas, e criou duas boas chances, em finalizações de Leandro Amaral, defendidas por Fábio Costa.
O Santos parecia assustado, com dificuldade para trocar mais de três passes, mas saiu em vantagem, num gol ilegal. Petkovic cobrou falta pela direita, a zaga parou, e Domingos escorou para Rodrigo Souto bater livre, de esquerda, mas a arbitragem ignorou a posição irregular de Kléber Pereira, que participou efetivamente de todo o lance.
O Vasco caiu e não recuperou o ritmo nem sequer depois da expulsão de Baiano, que atingiu Rubens Júnior com uma cotovelada restando sete minutos. Pois é. Foi sobretudo um primeiro tempo violento, com uma seqüência lamentável de faltas, que obrigou o árbitro a distribuir, além do vermelho, sete amarelos.
No intervalo, os treinadores fizeram substituições lógicas. Vanderlei Luxemburgo trocou Petkovic por Alessandro, para recompor a lateral, e Celso Roth pôs Alan Kardec na vaga de Júlio Santos, pondo fim ao 3-52, voltando com três homens na frente. O Santos adotou postura mais cautelosa, com o propósito de atrair o rival e tentar decidir num contra-ataque. O Vasco foi ganhando espaço e passou a aproximarse da área, mas encontrava problemas para criar chances efetivas, tanto que a única a lamentar de verdade foi com Enílton, que bateu torto, para fora, de frente para Fábio Costa, sem marcação.
Vanderlei fez mais duas mudanças e o Santos, na prática, e dentro da estratégia traçada, acabou tendo mais oportunidades, em duas saídas com velocidade, desperdiçadas por Alessandro e Kléber Pereira. No fim, o Vasco, já no desespero, passou a fazer o velho jogo do \"abafa\", e o Santos mostrou segurança para evitar as conclusões.
– Mostramos mais atitude do que nas partidas anteriores e soubemos nos desdobrar quando ficamos com um a menos – resumiu Rodrigo Souto, enquanto Celso Roth deixou o campo reclamando da arbitragem, o que não se pode condenar de todo, levando-se em conta que o gol foi ilegal.
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