Opinião: Paulinho e Vinícius Junior acirram rivalidade entre Vasco x Urubu
Na seleção sub-17, Paulinho e Vinicius Junior jogaram juntos e foram campeões. Fora, a rivalidade entre Vasco e Flamengo divide opiniões. Quem é melhor? Os dois gols marcados contra o Atlético-MG excitaram os vascaínos. Os rubro-negros respondem com lances e cifras. As provocações entraram em campo na mesma velocidade que as novas joias buscam espaço entre os profissionais.
Entrando no túnel do tempo, Roberto Dinamite e Zico alimentaram esta rivalidade desde a base. Foram muitas disputas e conquistas. Dois jogadores que formaram gerações. O tempo passou e as negociações aceleradas impedem novos duelos por muito tempo, como na era Zico e Dinamite. A venda do Vinicius Junior para o Real Madrid por R$ 160 milhões serve como tempero nesta discussão, assim como os gols da joia do Vasco.
Gigantes europeus estão de olho nos novos talentos. Completar 18 anos significa, para alguns, a independência financeira. A discussão técnica fica no campo das hipóteses. Hoje, Vinicius Junior está mais rodado no time principal do Flamengo, mas perdeu espaço com as contratações do clube, como Geuvânio e Everton Ribeiro, por exemplo.
Paulinho entrou no time por uma necessidade. Com pouco recurso, o clube se viu obrigado a olhar para a base, algo que o Vasco, historicamente, sempre fez muito bem. Basta voltar no tempo para encontrar gerações vitoriosas, como Romário, Mazinho e Geovani, Bismarck, Sorato e Willian, Edmundo, Carlos Germano, Valdir e Leandro Ávila, Yan e Gian, Felipe e Pedrinho ou Philippe Coutinho e Alex Teixeira.
O ativo de um clube passa, obrigatoriamente, pela base, pela formação de novos talentos. O problema é que o tempo joga contra a duração destas gerações. O torcedor ouve falar dos talentos da base, vê em campo alguns jogos ou, no máximo, uma temporada e já sabe que o aviso prévio vai acabar. O novo ídolo está de saída com pouco tempo no time de cima.
A comparação entre Vinícius Junior e Paulinho nunca vai chegar a uma conclusão. A paixão clubística sempre vai apontar para a sua joia. Assim com Dinamite e Zico, os dois podem jogar juntos, como fossem arco e flecha.
Rubro-negros e vascaínos aproveitem para ver de perto os novos talentos, com uma leve vantagem para o Paulinho. A joia de São Januário vai entrar mais vezes em campo pela diferença de elenco.
Somente o tempo, inimigo dos aspirantes a ídolos, vai mostrar quem é melhor. Uma coisa é certa: o futebol brasileiro respira talento.
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