Torcida

Opinião: "Papel de torcedor é torcer"

Mesmo sem precisar de um advogado de defesa, estou com Dorival Júnior. A exemplo do treinador vascaíno, fico indignado com torcedor que vai ao estádio vaiar sua equipe. Não cola para mim o argumento que o público tem o direito de azucrinar seus ídolos pelo simples fato de terem pago ingresso. Pode ser legal, mas é imoral.

Fere os princípios porque torcedor que é torcedor está ao lado do time na alegria e na tristeza, na saúde e na doença.

É como um casamento mesmo. O verbete torcer do mestre Aurélio é claro: “Incentivar jogadores de um clube esportivo, gritando, gesticulando, etc...” Os argentinos seguem à risca o que manda o dicionário.

Não param de apoiar os 90 minutos. A Avalanche gremista copiou o modelo e vai pelo mesmo caminho. Torcer quando o time vai bem é mole. A prova maior de fidelidade é quando a equipe tropeça, pisa na bola.

Apesar de ter decepcionado nas últimas três rodadas (o texto foi escrito antes do jogo contra o Vila Nova), o Vasco está perto da volta à elite. E sem passar sufoco. Logo, a intolerância da turma da fuzarca é inaceitável.

O Flamengo, que em 2007 deu arrancada histórica rumo à vaga na Libertadores, foi levado nos braços de sua torcida.

Fonte: Lance