Opinião: Outro patamar
A ampliação em massa do número de sócios-torcedores do Vasco, crescendo em quase quatro vezes os cadastros de inscritos, já provoca a necessidade de mudanças para atender à nova demanda.
E uma delas é fazer com que o time, em 2020, jogue mais no Maracanã – o que aliás já acontecerá neste domingo (8), enfrentando a Chapecoense no estádio hoje arrendado a Flamengo e Fluminense.
A medida ainda a ser detalhada é considerada estratégica para a fidelização destes novos associados.
Mas enquanto não aumenta a capacidade de São Januário, a ideia é mandar alguns jogos no Mário Filho, na próxima temporada.
Isso, porém, não é tudo.
De posse do maior cadastro de adeptos do país (já beira os 150 mil inscritos), a diretoria do clube se sente fortalecida para estudar formas de renegociar o contrato com a atual fornecedora de material esportivo.
Assinado em 2018 em condições adversas (cenário político indefinido e escassez de receitas), o acordo que termina no final do próximo ano só gera lucro para o Vasco através de royalties na venda dos produtos.
Houve infrutíferas tentativas para melhorá-lo em 2019, mas a expectativa é de que agora o clube possa até mesmo rompê-lo, já que há ao menos uma cláusula prevendo redução na multa rescisória em seu último ano de vigência.
André Monnerat, chefe de negócios da Feng Brasil, agência que também auxilia Flamengo e Santos em projetos de engajamento do torcedor, escreveu há pouco mais de um mês numa de suas redes sociais que o faturamento dos clubes da Série A cresceu 42% com programas desta natureza.
Movimentou cerca de R$ 5 bilhões entre 2014 e 2018.
E escreveu também que a média de público do Brasileiro cresceu 13% neste período, justamente por conta do maior engajamento dos torcedores.
E, vejam bem: não estão computados números deste Flamengo, que com a venda antecipada do jogo contra o Avaí bateu a marca de R$ 1 milhão de pagantes.
Isso significa que o vice-campeão de 2018, que no ano passado computou 895 mil pagantes em suas partidas, registrará este ano crescimento superior a 15%.
A marca está 6% acima da evolução média anual dos clubes.
Talvrez, por isso, Eduardo Sá, contratado em julho pelo Vasco para comandar a pasta que cuida desse negócio, esteja sorrindo de orelha a orelha.
Em uma semana, o clube cresceu em 400% sua base de associados.
E já registrou neste 1 a 0 sobre o Cruzeiro, em São Januário, um inédito público pagante de "19.314 sócios-torcedores".
Ou seja: por obra de sua torcida, o Vasco colhe indícios de que em 2020 estará, de fato, em outro patamar...
Fonte: Blog Futebol, Coisa & Tal - Extra OnlineMais lidas
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