Opinião: "Os bodes expiatórios"
|OS BODES EXPIATÓRIOS...
O choro do goleiro Lucão, de apenas 20 anos, após a derrota do Vasco, por 1 a 0, para o Defensa y Justicia, da Argentina, na noite desta quinta-feira, em São Januário, é o pano de fundo de um cenário já conhecido no clube carioca. O excelente goleiro de 1,90m, uma das grandes promessas do clube, falhou no gol que custou a eliminação do clube na competição continental e deixou o campo sentindo-se o culpado pelo malogro que impacta o já combalido orçamento do clube. De fato, não era hora de um goleiro tão promissor ser lançado. E cheguei a alertar no blog FC & T do risco que o Vasco assumia ao não ter um reserva mas rodado para o titular Fernando Miguel, de 35 anos, já em fase final de excelência competitiva. Ano de eleição, time enfraquecido técnica e moralmente pelo ano ruim e o clube comandando por um presidente inábil, centralizador e intransigente que não conseguiu em três anos de mandato ter um gestor competente na administração do elenco. E como André Mazzuco, o gerente, não tem o tamanho para suportar o peso que lhe jogaram às costas, explode nos ombros de um coletivo mal montado a responsabilidade de evitar a quedo do gigante. Que os “bravateiros” de plantão na Colina histórica e os soldados que os sustentam nas redes sociais dividam com o jovem goleiro um pouco dessa dor. Porque o êxito no futebol vem da junção de múltiplas peças. O goleiro é apenas um dos bodes expiatórios que livram a cara dos verdadeiros responsáveis pela má qualidade do futebol apresentado pelos vascaínos...
Fonte: Instagram de Gilmar Ferreira