Opinião: "O que pensa o Dorival?"
Dorival Júnior é um sujeito que eu evito contestar. Além de conviver no dia a dia com os jogadores, é sabidamente mais entendedor do riscado do que eu e minha pretensão. Portanto, não costumo ficar metendo o bedelho em suas opções, como fazia com outros técnicos, como Antônio Lopes e Renato gaúcho, treinadores em que eu me via no mínimo em pé de igualdade no que tange aos conhecimentos táticos e técnicos envolvidos numa peleja, e por isso, sentia-me em totais condições de apontar erros grosseiros de escalação, como, por exemplo, a escalação do nosso melhor meia em 2008, Madson, na lateral esquerda durante muito tempo.Erro, aliás, que não é preciso conhecimento algum para reconhecer.
Sabedor da maior capacidade de Dorival Júnior como entendedor do assunto, confesso que me espanto com algumas escolhas do nosso excelente treinador. O que será que só o comandante enxerga no Matheus? Sinceramente não me entra na cabeça. Jogo atrás de jogo ele prova não ter condições de ser titular. Contra o Paraná foi a gota dágua. Certamente uma das piores atuações individuais de um jogador, e não fosse nossa muralha, perderíamos aquele jogo para o Paraná, e muito por culpa do Matheus e sua lentidão. O Volante não tem a referida qualidade maior no passe, que seus defensores alegam, não tem poder de marcação algum- Perceba como ele é driblado facilmente por qualquer adversário- e não tem, sobretudo, que ser titular do Vasco. Outra escolha infundada é a de Paulo Sérgio. Falta o que para o Fágner ganhar a posição de titular? Quando o Paulo Sérgio acertava seus cruzamentos, atributo que me fazia ser um dos defensores no começo da temporada, tudo bem, mas agora ele não acerta mais nenhum. Como disse o Hélio Ricardo em mais uma brilhante coluna no site Supervasco, ganha(vá)mos no cruzamento, e deixamos de ter um jogador insinuante, habilidoso, com vocação atacante no nosso flanco direito.
Parece muitas vezes que os treinadores se sentem realmente os professores-doutores do futebol. Tentam com suas escolhas aparentemente solitárias, provar que sabem mais que todos. É quase uma pirraça manter o Matheus no time, bem como escalar o Enrico em todas as partidas, por mais que nessa última ele até tenha entrado bem. Reafirmo que ao Dorival junior sou só agradecimentos. É um técnico de ponta, que merece o salário que recebe, e montou um time que, se não da espetáculo, cumpre com louvor a missão de voltar a série A.O que não me impede de reconhecer que existem umas escolhas feitas por ele que são pra lá de estranhas viu...
Agradecemos ao nosso leitor João Vitor Carvalho pelo envio da matéria.
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