Política

Opinião: O fim melancólico de Roberto Dinamite

Roberto Dinamite se consagrou como maior ídolo do Vasco, onde jogou 21 dos seus 22 anos como profissional.

Ninguém marcou tantos gols como ele com a camisa cruzmaltina, 705, e ninguém a vestiu tanta vezes — 1110.

Ao lado de Pelé e Rogério Ceni, ele tem a marca de ser um dos três jogadores do futebol brasileiro com mais de mil jogos pelo mesmo time, além de ser até hoje o maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro (190 gols) e do Campeonato Carioca (279 gols).

Amanhã, dia de eleição no Vasco, melancolicamente, como Carlos Roberto de Oliveira, ele deixa São Januário, onde também mantém o recorde de gols, 184, pela porta dos fundos.

Como presidente vascaíno em duas gestões, Oliveira desmoralizou os argumentos de quem acreditava, como este blogueiro, que ídolos de um clube poderiam ser a solução para a miséria que assola nossas maiores agremiações, incapazes de prejudicá-las.

O ex-Dinamite foi clamorosa decepção.

Vai embora depois de perder até o mandato de deputado estadual, que também não honrou.

E sem a menor chance de fazer o sucessor, porque ninguém quer seu apoio.

Que, ao menos, não seja trocado pela fumaça do charuto de outro ex-deputado, mas federal que, além de jamais ter feito um gol pelo Vasco, colaborou imensamente para afundar a Nau do Almirante e, agora, feito um náufrago sem ter onde se agarrar, busca sobreviver à custa da paixão de tanta gente.

Que o futuro abra suas asas sobre o Vasco.

Fonte: Blog do Juca Kfouri- Uol