Opinião: Jornalista escolhe os 10 maiores da história do Vasco
A ideia do pessoal aqui do "EXTRA" e de "O Globo" de listar os 30 maiores ídolos dos quatro maiores clubes cariocas é um desafio grande para todos.
Afinal, são instituições centenárias, cheias de história e com heróis fantásticos.
Participei da votação dos mais marcantes do Vasco e do Botafogo.
O desafio era selecionar os dez mais expressivos para a formação de um ranking com trinta nomes.
E acho que o produto-final não foi ruim.
Pode não retratar o meu ou seu pensamento, mas atualiza uma galeria que precisa ser revisitada de tempos em tempos.
Na minha escolha, em respeito aqueles que construíram a grandeza do clube, procurei elencar os ídolos que marcaram uma ou duas décadas.
Jogadores que fizeram a alegria de diferentes gerações de vascaínos com títulos e feitos históricos.
De Russinho, nos anos 20, a Juninho Pernambucano, na virada do último século.
Valorizando, é claro, pelo "Expresso da Vitória" da décaada de 40 e pelos craques "Super Super campeões" do anos 50.
E assim apresento meus dez mais:
1 – Roberto Dinamite. Sua história dispensa comentários. Mais de 708 gols marcados pelo clube (617 como profissional) em 21 anos de carreira profissional entre 1971/92. Venceu uma edição do Brasileiro aos 21 anos e levou o time a outras duas finais. É o maior artilheiro do Brasileiro (190 gols) e do Carioca (279), e tido como o quinto maior do mundo em competições nacionais da Série A - 470 gols em 758 jogos.
2 – Ademir Menezes. Maior ídolo do Vasco até o surgimento do Dinamite. Fez 301 gols em 429 partidas pelo clube entre 1942/56, com intervalo entre 46 e 47 para jogar no Fluminense. Foi o ícone do lendário "Expresso da Vitória" que fez história entre 45 e 52, com cinco títulos nos oito Estaduais disputados, e mais o do Torneio Sul-Americano que originou a Copa Libertadores. Em 99, foi eleito um dos 100 maiores jogadores do Século XX pela revista inglesa World Soccer.
3 – Bellini. Vestiu a camisa do Vasco em 430 partidas e conquistou onze títulos entre 1952/61. Dos Estaduais de 52, 56 e 58 ao Torneio Rio-São Paulo de 58, passando pelo Torneio Octogonal Rivadavia Corrêa Meyer de 53 e pelo Torneio de Paris de 57 - os mais expressivos para a época. Impressionava pela eficiência e acabou se eternizando como o mais elegante dos zagueiros ao se tornar bicampeão mundial em 1958/62.
4 – Romário. Autor de 317 gols com a camisa profissional do Vasco (394 se levados em consideração os 77 das divisões de base), o "gênio da grande área" é o segundo maior artilheiro da história do clube. Teve quatro passagens por São Januário, marcando o milésimo gol de sua carreira com a camisa que o revelou. Conquistou dois Estaduais, um Brasileiro, uma Mercosul e os Torneios de Cadiz e Ramon de Carranza.
5 – Barbosa. O goleiro do "Expresso da Vitória" vestiu a camisa do Vasco em 494 jogos em duas passagens por São Januário entre 1945/60. Neste período, conquistou seis Estaduais, entre eles o do "Super Super" em 58, brilhando também nos títulos do Sul-Americano de 48 e Rio-São Paulo de 58. Elástico e arrojado, era tido como o "arqueiro das defesas milagrosas".
6 - Danilo Alvim. Fez 305 partidas pelo Vasco entre 1946/54 e era considerado o símbolo da elegância do lendário "Expresso da Vitória". Volante esguio, técnico e habilidoso, ganhou o apelido de "Príncipe" e foi o ponto de equilíbrio nas conquistas dos Estaduais de 47, 49, 50 e 52 e do Sul-Americano de 48.
7 – Russinho. Primeiro artilheiro da história do Vasco, o quinto maior, com 225 gols. Foi três vezes campeão Estadual entre 1924/34, e eleito o melhor do time por sete vezes seguidas entre 24/30. Neste ano, foi apontado também como o melhor do país, ganhando a condição de titular da seleção brasileira na primeira Copa do Mundo disputada pelo país. O louro franzino impressionava pela velocidade, habilidade e boa técnica.
8 – Orlando Peçanha. Zagueiro profissionalizado pelo Vasco aos 18 anos, em 1953, que impressionava pela sobriedade e eficiência. Vestiu a camisa do clube por sete anos (53/60), sendo campeão dos Estaduais de 56 e 58 (Super Super), e conquistando os torneios internacionais do Chile e de Paris, ambos em 57, ao lado de Bellini, zaga campeão Mundial em 58
9 – Juninho Pernambucano. Armador dos mais versáteis, capaz de jogar em qualquer uma das funções do meio-campo, defendendo e atacando com a mesma maestria, participou de 393 jogos pelo clube e fez 77 gols. Entre 1997 e 2000, conquistou um Estadual, um Torneio Rio-São Paulo, dois Brasileiros, uma Mercosul e uma Libertadores. Justo por ter sido um dos mais vitoriosos jogadores do Vasco, ganhou o apelido de "Reizinho"
10 – Edmundo. Por vezes genial e cativante, noutras genioso e polêmico, o atacante de arrancadas velozes e dribles desconcertantes fez 244 jogos e 137 gols, em cincos passagens entre 1992/2008. Mas, com a camisa do clube que o projetou, conquistou apenas um Estadual e um Brasileiro. Ainda assim, simbolizou como poucos a alma valente e aguerrida dos vascaínos, sobretudo nos jogos contra os maiores rivais.
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