Futebol

Opinião: "Igualdade com sabores diferentes"

A obrigação de vencer ontem no Maracanã era do Vasco, que entrou com o time com quase força máxima. Morais, poupado por ter dois cartões amarelos, foi o único ausente. O Flamengo tinha apenas dois esboços de titulares – Kleberson e Marcinho.O Rubro-Negro meteu 2 a 0, teve tudo para sair com a vitória, mas
conseguiu deixar o adversário chegar ao 2 a 2, que acabou sendo enfim o resultado mais justo, um prêmio para o esforço dos cruzmaltinos e sobretudo umcastigo para o desleixo do time da Gávea.

No fim, o próprio Thiago Sales resumiu. “Faltou atenção”.

O Flamengo perdeu a oportunidade de obter uma vitória importante, a de um time misto sobre o principal do rival.

O Rubro-Negro começou mais recuado, atraindo oVasco, para surpreendê-lo no contraataque. E foi assim, e graças a alguma apatia do adversário, que o Flamengo fez 2 a 0, numa sobra que Marcinho aproveitou com elegância, e numa cabeçada de Rodrigo Arroz, após cruzamento de Maxi.

E não seria exagero dizer que o Flamengo poderia ter ampliado, levando-se em conta que o Vasco foi presa fácil na primeira meia hora, mostrando-se frágil na defesa e sem qualquer criatividade do meio para a frente. Tanto que o técnico Antônio Lopes chegou a trocar Calisto por Alex Teixeira, promovendo a mudança
tática que fez o time melhorar um pouquinho, chegando a ter duas chances, a melhor numa cabeçada de Edmundo, de costas, para fora.

No intervalo, Kleberson avisou que a ordem de Joel Santana era a de “prender a bola”.

O Flamengo voltou para o segundo tempo com a mesma estratégia, e teve uma oportunidade espetacular para liquidar o jogo, mas Marcinho, livre, bateu fraquinho nas mãos de Tiago.

Mas era o Vasco, efetivamente, que mantinha a posse e pressionava, até que descontou, num gol de Alan Kardec. Lopes fez outras duas substituições, para tentar tornar o time ainda mais ofensivo, e teve-se na seqüência a impressão que os cruzmaltinos não demorariam para empatar. O Flamengo passou a depender das arrancadas de Maxi e da inspiração de Diego Tardelli, dado também que os laterais reservas estão a anos-luz de distância dos titulares. Os técnicos Andrade e Joel Santana também demoraram para mexer. E aí o óbvio acabou ocorrendo, quando Leandro Bonfim cobrou o escanteio que Jorge Luiz, sem marcação, cabeceou firme, sem chance para Marcelo Lomba.

O Vasco, na realidade, sempre na briga e na correria, por pouco não virou o placar, o que não teria sido nenhum absurdo, tal a capacidade que o Flamengo mostrou para inexplicavelmente entregar o resultado.

O empate deixou Flamengo e Vasco na segunda posição de seus grupos na Taça Rio.

Minuto-chave - 19’ Do segundo tempo: Maxi recebe na linha divisória e puxa contra-ataque. Aí, rola a bola para Marcinho. O apoiador tenta dar um toque de efeito mas pega errado na bola e perde. A partida estava 2 a 0 para o Fla.

O jogador faria o terceiro gol e poderia ter matado o jogo neste lance.

Ninguém triste
“Foi meu primeiro gol com a camisa do Flamengo e quero dedicar para a torcida, que sempre nos apoia. Estou feliz”
Rodrigo Arroz

Edmundo - Foi bom ou não?
“O resultado da partida não foi bom mas, da maneira que ocorreu, até que foi bom”

Fonte: Lance