Opinião: Hamburgo não se esforçou muito para vencer
Embora o placar da partida tenha sido curto, a equipe do técnico holandês Ruub Stevens não precisou se esforçar muito para bater o Vasco na estréia do Torneio de Dubai. A nítida impressão era de que o time alemão sabia que definiria o jogo a seu favor quando quisesse. O destaque, lógico, ficou com o apoiador holandês Van der Vaart, que com muita classe na perna esquerda comandou o Hamburgo. Foi seu, inclusive, o cruzamento para o gol da vitória, marcado por De Jong. Ao seu lado no meio-de-campo, Trochowski também desfilou classe, como no belo lançamento para o gol de Jarolim, o primeiro do time alemão.
O destaque negativo, lógico, ficou para o zagueiro Mathijsen, autor de um recuo bizarro para o goleiro Hesl, que tentou defender a bola com o ombro. Obviamente, não conseguiu.
Análise
Na defesa
Luizão e Jorge Luiz começaram mal 2008. Batendo cabeça, os zagueiros eram presas fáceis para os atacantes do Hamburgo. Faltou entrosamento e, principalmente, comunicação entre os defensores.
No meio-de-campo
Jonílson e Thiaguinho deixaram um buraco na marcação e o time muito exposto ao adversário. Beto, aos 32 anos, foi a opção de criação, já que Morais e Bomfim sumiram.
No ataque
Isolado, Alan Kardec lutou contra os zagueiros adversários, sem sucesso. Talvez a melhor opção fosse deslocar um dos jogadores do meio de campo, como Morais, para fazer dupla de ataque com a promessa.
Por Pedro Henrique Torre