Futebol

Opinião: "Era o que faltava"

\"5043061359_ed6878baa7\"O que Felipe havia predito concretizou-se: o Goiás se mostrou um adversário muito mais complicado de se encarar que o Santos. Jorginho montou sua equipe de maneira inteligente, com uma marcação forte e esperando nossos erros. Por isso o esmeraldino conseguiu ficar duas vezes à nossa frente na partida. Mas o empenho do nosso adversário ou nossas próprias falhas não foram o suficiente para que a equipe goiana conseguisse manter o resultado e a virada vascaína por 3 a 2 era o que faltava para provar que a postura do Vasco é outra e que a reação no campeonato agora só depende do time.

Mas como não tem essa de jogo sem emoções fortes para os vascaínos, o Gigante não entrou 100% ligado na partida. E não demorou muito para que o Goiás, que não tem outra opção além de ficar esperto durante os 90 minutos até o fim do Brasileiro, aproveitasse uma cochilada nossa. Logo aos sete minutos, Titi – e quem mais? – ignorou o avanço do Felipe e o atacante goiano entrou livre para marcar. Tá certo que esperávamos um Goiás “carne de pescoço“, mas não que eles fossem abrir o placar, menos ainda que fossem dar tanto trabalho tão rápido.

O Vasco precisou se acertar para buscar o empate e começou a pressionar, mas isso deixou o jogo do jeito que nosso adversário queria: partíamos pra cima e cedíamos espaços para os contra-ataques. Antes de criarmos algum lance que poderia nos trazer o empate, o Goiás quase marcou novamente. Mas demos sorte que o sujeito que apareceu para finalizar foi o Jonílson.

Depois desse lance, crescemos na partida. Para tentar furar a retranca goiana, Felipe começou a arriscar jogadas individuais e finalizou uma vez com perigo de fora da área. Em outra jogada do Maestro, ele arrancou em direção ao gol e perdeu a bola. No rebote, Éder Luis obrigou Harlei a fazer grande defesa. No lance seguinte não teve jeito: Zé Roberto deu passe na medida para Éder Luis, que se infiltrava na área e tocou na saída do goleiro.

Seguíamos pressionando e poderíamos ter ampliado com Zé Roberto e Éder Luis, mas os arremates foram longe do gol. Mas o Goiás não estava de bobeira e pouco depois dos trinta minutos, duas notícias ruins de uma vez só: Felipe, que vinha bem, torceu o joelho e precisou ser substituido. Ao mesmo tempo, o Goiás desempatou em um lance de desatenção da zaga. A torcida voltou a pressionar o time, que teve ainda uma grande chance antes do intervalo, com Max chutando cruzado e Harlei se esticando todo para tirar a bola, que iria no cantinho.

O segundo tempo do Vasco fugiu da rotina com a qual nos acostumamos: voltamos jogando melhor que na primeira etapa. O Goiás se fechou ainda mais e a partida passou a ter apenas um dono. A lateral direita era o caminho, com Fagner e Éder Luis explorando as jogadas por esse lado do campo. Fagner quase acerta ao errar um cruzamento e a bola tomar a direção do gol. Logo depois, em novo cruzamento errado do lateral, saiu gol: o zagueiro do Goiás cortou para a frente da área e Max acertou um belo chute de primeira, empatando mais uma vez o jogo ao marcar o 1500º gol do Vasco em Brasileiros.

O empate animou a torcida, que passou a empurrar o Vasco pra frente. Mas se o empate não nos interessava, tampouco interessava ao adversário. Com isso, vimos a partida ficar mais franca. O Vasco ainda tinha mais posse de bola, mas o Goiás passou a marcar da sua intermediária pra frente e tentar atacar. Foi o que poderia ter acontecido de melhor para nós. Desistindo da retranca total, o time goiano abriu o jogo e passou a sofrer mais com os contragolpes. O Goiás teve duas boas chances em cobranças de falta, mas era o Vasco que estava mais perto do gol. Zé Roberto perdeu duas chances claras: a primeira, depois do Éder Luis ter driblado o goleiro e o camia 10 não conseguir empurrar para o gol. A outra, em chute por cima já quase na pequena área.

O esforço do time – e do Cesinha, que entrou no lugar do Titi no intervalo e iniciou a jogada com dois carrinhos – foi recompensada aos 37. Depois de roubar uma bola na lateral direita, Cesinha passou para Fagner, que tocou para Éder Luis. O atacante encontrou o Zé Roberto na área, que girou sobre o marcador e dessa vez não errou, acertando um chute indefensável. O Vasco conseguiu a virada e a torcida explodiu em São Januário. Jonathan ainda teve a chance de ampliar antes do fim da partida, mas Harlei fez mais uma vez grande defesa.

Se a vitória contra o Santos mostrou que o Vasco ganhou maturidade para saber segurar um resultado, a virada sobre o Goiás – nossa segunda no campeonato, depois de um mesmo 3 a 2 sobre o Inter, também na Colina – é a prova de que a equipe também tem atitude para reverter um placar adverso e fazer juz à fama de time da virada que temos. Mantendo essa postura, jogando com maturidade e raça, temos tudo para fazer um bom restante de campeonato e galgar posições melhores na tabela.

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A insistência do PC no Rafael Coelho pode ser explicada pelo fato do treinador conhecer o atacante desde os tempos da base, tendo sido um que promoveram o jogador aos profissionais do Figueirense. Mesmo assim, não é explicação que baste. Coelho não está em boa fase e não dá pra ficar contando que ele vá melhorar pelo simples fato de estar entre os titulares. O próprio PC deve saber disso, já que sempre o substitui no decorrer das partidas.

(Parêntese: vale dizer que, olhando friamente, os possíveis reservas do Rafael Coelho também não têm feito nada demais. Jonathan não tem justificado a confiança da torcida e o Nunes, que nem jogar parece querer, também não disse a que veio. Fecha parêntese)

Agora, se manter o Coelho entre os titulares é algo incompreensível, a insitência com o Titi é simplesmente absurda.


  • PC não conhece Titi há tanto tempo para justificar uma confiança extra no jogador.

  • Diferente do Coelho, Titi tem concorrência: Cesinha entrou duas vezes e mandou bem. Jadson Vieira, mesmo sem ter estreado, tem pelo menos currículo.

  • Se o Coelho não faz um gol feito, o prejuízo pode não ser grande. Se o Titi falha – e ele tem falhado constantemente – sofremos um gol.



A teimosia do PC já nos fez perder, pelo menos, 2 pontos (contra o Botafogo) e nos colocou em risco contra Santos e Goiás. Depois de mais um gol em um vacilo do Titi, não é aceitável que ele mantenha sua condição de titular.




Menos de 7 mil pagantes na Colina ontem. O que falar disso?




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As atuações do time estão na coluna de hoje n’Os 4 Grandes. Link aqui.

Fonte: Blog da Fuzarca - JC Barbosa