Opinião: "Edmundo, o fantasma e o futuro"

Fico aqui pensando o que tem passado pela cabeça de Edmundo nos últimos dias. Uma carreira de sucesso e polêmicas, que começou profissionalmente lá em 1992, no Vasco, e está para ser encerrada no mesmo clube.
É mais do que normal que haja esse curto circuito em seus pensamentos para saber o que fará quando pendurar as chuteiras. Imagine só, ainda, ter de conciliar esse momento mais difícil na vida de um jogador – o fim da carreira – com o fantasma de um rebaixamento.

Em recente entrevista, o craque revelou que gostaria – e que até levaria jeito para isso – de investir em um supermercado ou de ter a sua própria empresa de transportes. Falou também que poderia atuar como empresário de atletas. Há dois dias, já deixou no ar que pode até esticar sua vida útil no futebol, mas não no Brasil. E para finalizar, admitiu que gostaria de ajudar o Vasco de alguma forma, melhorando a situação do Gigante da Colina num futuro próximo.

Deve ser mesmo muito duro dar fim a uma carreira sem nem sequer ter completado 40 anos.
Nesta idade, dependendo da profissão, muita gente ainda está amadurecendo no que faz, tendo muito tempo pela frente até para se estabilizar. No caso de Edmundo, abandonar os gramados é doído por ele ter sido um vencedor e idolatrado por dois dos maiores clubes brasileiros, dando dois títulos brasileiros a um deles (Palmeiras, em 93 e 94) e um a outro (Vasco, em 97).

Por tudo isso, ninguém mais do que ele quer manter o Vasco na elite do futebol. O jogo de amanhã contra o São Paulo entrará para a sua história.