Opinião: Dinamite precisa assumir o controle do Vasco
A Nau Vascaína...
Por Gilmar Ferreira
Atendendo a pedidos (uns sinceros, outros irônicos) volto ao tema sobre a situação do Vasco.
Não me espanta o fato de o grupo que assumiu o clube estar batendo cabeça, encontrando dificuldades para conduzir a caravela em meio à tormenta e sem saber ao certo para onde se caminha.
Afinal, era assim que os grandes navegadores descobriam as terras no século XVI.
Mas uma coisa é sofrer com os efeitos do mar bravio, outra é permitir que marujos de primeira viagem assumam o leme da embarcação.
Resumindo: ou Roberto Dinamite assume o futebol do Vasco, deixando que outros tentem consertar os estragos feitos no passado, ou a Nau vai a pique, maculando a imagem de seu mais sagrado e histórico almirante.
Escrevi no blog da coluna e reproduzo aqui: na luta do bem contra o mal, os sócios e a torcida do Vasco não elegeram Necas, Lusos, Osórios, Olavos, Coelhos, Armindo e afins.
O voto de crédito foi dado a Roberto e é ele quem tem de prestar contas com seus eleitores.
Num momento como o atual, entregar o futebol a um cartola amador que não é do ramo, só não é pior do que abrir mão de um profissional como o superintendente Paulo Angioni, que poderia, na companhia do próprio presidente, isolar o futebol vascaíno do processo político que ainda atormenta o clube.
Sem dinheiro, conta a credibilidade. Sem experiência, vale a expertise de quem conhece o mercado e tem a porta aberta nos outros grandes clubes.
A situação do Vasco não é desesperadora — ainda! Mas para isso Roberto precisa assumir o leme.
Caso contrário, o mar engole...