Opinião: "Desperta o Gigante adormecido"
De tudo que vi em São Januário na tarde deste sábado, na vitória de 3 a 0 sobre o Atlético-GO, o melhor a ser destacado é o novo semblante do torcedor vascaíno.
Não que a atual administração do Vasco esteja uma maravilha, que o time de Dorival Júnior seja aquele que o vascaíno sonhou um dia, ou que a Série B seja o oásis recomendado para todos.
Não, não creio passar muito por aí...
Mas, parodiando Joaquim Barbosa, o ministro supremo, e alertado pelo vascaíno Fábio Gomes, sempre presente por aqui, \"ouça as ruas\"...
E as ruas adjacentes ao Estádio de São Januário, as ruas que cercam o Maracanã, as ruas que cortam as principais avenidas da cidade, as ruas do bairro onde moro, enfim, as ruas do Rio dizem tudo.
O vascaíno acordou, percebeu que o clube vive novos ares e está disposto a fazer a parte que lhe cabe.
Assim, puxado pelo esforçado e bem armado time, tem dado ao Vasco um novo perfil, uma força diferente.
Já escrevi por aqui: a Série B é uma Série A sem jogos no domingo e com poucos jogos na TV aberta.
E, repito: fora Internacional, São Paulo e Cruzeiro, o futebol brasileiro é uma robusta Série AB _ quase ABC.
Ou Portuguesa, Atlético-GO, Bahia, Guarani, Figueirense, Ponte Preta, São Caetano e Juventude são tão inferiores assim a Avaí, Santo André, Barueri, Goiás, Vitória e Náutico?
O Vasco de hoje não tem um dono, um superastro (apesar do futebol jogado pelo meia Carlos Alberto nos 3 a 0 sobre o Atlético-GO) e uma vida fácil na Série B.
O Vasco tem, sim, é um passado respeitoso, um estádio majestoso, um grupo de jovens que entendeu o momento do clube, um comando técnico exemplar e uma torcida que impressiona pelo tamanho e devoção.
E o resgate que brota dessa combinação, seja pela queda de Eurico Miranda ou pela queda do próprio clube, está fazendo despertar uma agremiação há alguns anos adormecida: o Vasco da Gama.