Opinião: Decisões de Adilson contribuíram para empate no clássico
Pode-se falar da nossa falta de pontaria, de azar e até de mais uma falha da arbitragem contra nós em um clássico. Mas, mais uma vez, é impossível não falar da grande contribuição do técnico vascaíno no empate com o Fluzim. Com as decisões que o Adilson vem tomando, não precisamos de um adversário para jogar contra.
Senão vejamos: como era de se esperar, os dois times entraram com três volantes, preferindo no começo da partida a cautela à ousadia. Os times se alternavam nas ações ofensivas, com cada um tendo mais posse de bola por alguns momentos (com os tricoletes ligeiramente mais perigosos). Apesar de movimentado, o jogo ia morno, com os goleiros tendo pouco trabalho. O primeiro tempo poderia ter terminado assim, mas aos 41 conseguimos abrir o placar após um blitz na área laranjinha: depois de um bate-rebate, a bola sobrou para Edmilson arrematar com precisão, marcando seu primeiro gol em um clássico e voltar à artilharia da competição.
Aí veio o intervalo. Vendo seu time em desvantagem, Renight fez alguma coisa, tirando o apagado Sóbis e colocando o rotundo Valter. Os tricoflores passaram a ser mais presentes no ataque, mas nós éramos mais perigosos, principalmente nas subidas do Everton Costa. Buscando o empate, o churrasqueiro foi para o tudo ou nada, colocando um terceiro atacante. E o Adilson nada, permitindo que o Fluminense seguisse com mais posse de bola.
Veio a parada técnica. E assim que ela acabou, o Fluzim empatou com Fred, contando com a ajuda do bandeirinha que não o viu na banheira. Com o empate, Adilson teve que tomar uma atitude (não antes de esperar uns dez minutinhos). E, mais uma vez, ele escolhe justamente alguém que está bem na partida para sair: ele tirou Everton Costa e colocou Thalles.
Com isso, o Vasco perdeu as jogadas agudas pelos lados de campo e passou a criar menos chances, insistindo agora nas jogadas pelo meio, o que facilitou bastante a vida da marcação tricolete. Mas isso só incomodou nosso treinador aos 43 minutos, quando resolveu tirar o Edmilson para colocar o Montoya. Se o colombiano poderia ser uma válvula de escape para o nosso ataque, não teve tempo para sê-lo.
Sem os erros de arbitragem, o Vasco poderia ter vencido os três clássicos e estaria tranquilamente na segunda colocação na tabela (e se não houvesse erros contra os pequenos, talvez até ainda disputando a primeira colocação). Mas com os equívocos recorrentes do Adilson, é injustiça responsabilizar apenas as falhas de juízes e bandeirinhas. Mesmo com o gol irregular dos tricoletes, poderíamos ter buscado a vitória. Mas ontem, foi nosso treinador quem não deixou o Vasco vencer.
As atuações…
Martín Silva – não parece ter sentido a falta de treinos nas últimas semanas: foi um dos melhores em campo (apesar de uma ou outra saída em falso em escanteios), fazendo grades defesas e foi fundamental para a equipe
André Rocha – muito discreto no apoio, não acertou os lançamentos nas poucas vezes que passou da linha de campo.
Luan – vinha bem, ganhando quase todas as disputas pelo alto na área vascaína e sendo eficiente no combate. Mas vacilou ao marcar Fred no lance do gol.
Rodrigo – fez uma boa partida, se sobressaindo aos atacantes tricoflores na maioria dos lances.
Marlon – com o Flu atacando mais pelo seu lado de campo, não teve muitas oportunidades para subir ao ataque. Mas participou do lance do gol, iniciando a jogada com uma tabela com Pedro Ken.
Guiñazu – além da disposição habitual na marcação, tentou ser mais participativo ofensivamente e fez pelo menos uma boa jogada com Edmilson.
Aranda – foi bem no combate, mas errou passes demais quando foi à frente. Desperdiçou bom contra-ataque finalizando de fora da área, mesmo tendo companheiros melhor posicionados
Pedro Ken – mesmo tendo participado do lance do gol – a bola que sobrou para Edmilson marcar surgiu após chute dele – poderia ter sido mais participativo na criação. Na marcação foi regular.
Douglas – movimentou-se pouco e acabou sofrendo com a marcação tricolete. Sumiu da partida em alguns momentos mas fez algumas boas jogadas, principalmente uma em que driblou dois marcadores na entrada da área, mas concluiu mal.
Everton Costa – depois de um primeiro tempo em que a transpiração foi maior que a inspiração, teve sua melhor atuação pelo Vasco na etapa final, infernizando a defesa adversária subindo com velocidade pela direita e não respeitando os marcadores. Mas bastou se destacar para ser inexplicavelmente substituído por Thalles, que tentou também jogar pelos lados do campo, mas sem a mesma eficiência. Acabou finalizando apenas duas vezes, sem perigo.
Edmilson – no primeiro tempo, se movimentou bastante e foi o jogador mais perigoso do time, inclusive marcando seu oitavo gol no campeonato. No segundo tempo caiu de produção e além de se enrolar com a bola algumas vezes, perdeu um gol feito após excelente jogada de Everton Costa, que o deixou na cara do gol. Cansou e poderia ter saído antes, mas Adilson só o substituiu nos minutos finais por Montoya, que mal teve tempo para tocar na bola.
Fonte: geMais lidas
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