Futebol

Opinião: "Craque com vergonha na cara"

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A opinião é minha. Se você tem a sua, parabéns (afinal, essa é a palavra de moda nas redes sociais).

Um craque precisa ser técnico. 

Um craque precisa ter noção tática.

Um craque precisa ter improviso.

Um craque precisa ter entrega.

Um craque precisa ter vergonha na cara.

É por aí. Se o ídolo do seu time tem tudo isso, você torce, de verdade, por um craque.

Se falta um desses aspectos (vou pegar uma carona num jargão do amigo Mauro Betting), desconfie.

O Vasco tem um bom time. Mas que só vence muito mais do que perde porque é um time de homens.

Jogadores comprometidos com a camisa, com a causa e com os problemas do clube.

Podem até aceitar uma proposta qualquer (como aconteceu com Fagner, Allan, Rômulo e Diego Souza), mas enquanto ficam tratam seus deveres com absoluta seriedade e profissionalismo.

Não é um time de santos. Se fosse, seria um fracasso. 

É apenas um grupo de bons jogadores que sabe o que quer.

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Alecsandro disse, em janeiro, que faria no mínimo 30 gols na temporada. Já tem 24 ( e estamos em julho).

Auremir chegou ontem e parece estar no clube há anos.

Dedé recuperou a forma. 

Wendell caiu como uma luva.

Nílton desandou a jogar demais.

E até quando a torcida do Vasco manterá sua birra incompreensível contra Cristóvão Borges.

E, por fim, Juninho Pernambucano. O time é bom, ganha, mas seria pior sem JP.

O  camisa 8 é mais do que um reizinho, seu apelido.

É uma reserva de respeito, dignidade, amor à camisa e entrega dentro de campo.

Tem 37 anos, está rico, realizado e joga porque ama o clube.

Conta-se nos dedos os clubes do mundo que tem alguém com alma de JP. O Vasco é um deles.

Juninho Pernambucano é a síntese perfeita do atleta que sempre teve vergonha na cara. 

Qualquer estátua, busto ou elogio é pouco para ele.

É a história dentro de campo.

Fonte: Blog de Lédio Carmona