Futebol

Opinião: "Cada clássico, um critério"

Lédio Carmona

\"simon\"Juro que tento, mas sofro para entender os critérios da Comissão de Arbitragem da CBF. Nesse fim de semana, por exemplo, o sistema de escalação para os clássicos é contraditório. Até porque, num futebol marcado por rivalidades regionais, o mais conveniente seria optar por árbitros de outros estados para apitar tais jogos decisivos. E nossa cartolagem do apito conseguiu ficar em cima do muro. Dois clássicos tem árbitros locais; a outra metade, não. Você entendeu? Nem eu.

Escalar Carlos Eugênio Simon para apitar o último GreNal da sua carreira bem-sucedida seria uma boa idéia se o clássico em questão não fosse um… GreNal. O jogo nem começou e Simon já está no olho do furacão. A torcida gremista não quer nem ouvir falar de Simon. E o Inter já faz pressão, sob argumento de que tanta reclamação vinda do Olímpico pode atrapalhar o árbitro no clássico. Aí, pergunto: para que correr esse risco? Por que expor Simon a esse disse-me-disse? Melhor seria um árbitro forasteiro nesse duelo.

O mesmo vale para Guttemberg de Paula Fonseca para Vasco x Flamengo, domingo, no Engenhão. Por que um árbitro carioca? Que tal optar por um paulista, como Paulo Cesar de Oliveira, por exemplo, para segurar esse rojão, apitar o clássico e embarcar na primeira ponte-área pós-jogo. Para os dois casos, melhor, para todos, bastaria direcionar o sorteio.

Mas o que mais incomoda é a falta de critérios. Árbitro local no GreNal. O mesmo para Vasco x Fla. Mas Cruzeiro x Atlético, em Uberlândia, será apitado por Sandro Meira Ricci, de Brasília, que vem a ser o melhor árbitro do Brasileirão-2010. E, em São Paulo, Corinthians x Palmeiras terá como condutor Heber Roberto Lopes, do Paraná. Por que critérios diferentes?

Juro que não consigo entender. Arbitragem no Brasileirão não tem jeito. Parece passeio pelas dunas de Natal. É sempre com emoção.

Fonte: Blog do Lédio Carmona