Opinião: 'A atuação contra o Bahia é um sopro de esperança'
Tetracampeão brasileiro, campeão da Libertadores, quinta maior torcida do Brasil e dono dos três artilheiros da história do Campeonato Brasileiro, o Vasco é um gigante adormecido em berço esplêndido de glórias e história. Mas, isso é pouco para um clube deste tamanho e com muitas conquistas. O tempo passou e o Vasco ficou para trás dos concorrentes, seja no lado técnico ou financeiro.
O século XXI foi cruel com os torcedores. Acostumados com grandes momentos e ídolos, mais de 10 milhões de apaixonados viram o time encolher no cenário nacional e sumir do internacional. Com administradores incompetentes e preocupados com o próprio umbigo, o Vasco perdeu espaço em meio à guerras políticas e conquistou apenas um título nacional em 17 anos.
Foram três rebaixamentos em 8 anos, um duro golpe para quem ama um clube. Mais do que cair, o clube perdeu força diante dos adversários, viu as receitas diminuírem com bilheteria e patrocinadores. O ano de 2017 aponta para um cenário de continuidade desta saga do século XXI, recheada de incertezas. As frases de efeito e bravatas caem com o tempo.
O Vasco precisa acordar. Assim como o Brasil, a união é o único caminho para que o clube, desbravador de conquistas e revelador de talentos, volte a figurar entre os grandes exterminadores de adversários. No fim do século passado, em especial os cinco últimos anos, o time era uma potência e São Januário era um estádio temido por todos. E agora?
Agora, o Vasco entra, nas competições nacionais, para brigar pela permanência. Isso é muito pouco para a história do clube. A sala de troféus e seus torcedores não merecem este pequeno objetivo. A tradição da disputa e briga pelo topo foi trocada pela garantia de permanência na elite.
O atual time é uma incerteza. Reforços chegam no meio da temporada, como no último rebaixamento, e sem a certeza de que serão soluções para os problemas do time. Jogadores fundamentais em 2015 caíram de rendimento e não estão funcionando como antes.
A atuação contra o Bahia é um sopro de esperança em um campeonato difícil como o Brasileiro, mas que não serve de norte ou certeza de que o Vasco vai brigar por algo grande na competição. O rejuvenescimento do time é um caminho. Mas, a atual equipe não está pronta para receber tantos meninos, tantas promessas. Douglas, Henrique e Matheus Vital são suficientes neste momento. Mais garotos entre os titulares significa um risco para o clube e para as joias.
União, palavra que anda em falta no clube. União, sentimento que fez crescer e mover a história do Vasco, o clube desbravador, conquistador do seu espaço, mas que parou nos últimos 17 anos.
Com boas doses de união, o remédio vascaíno vai curar a dor e cicatrizar as feridas abertas. Mais do que isso. O remédio para sair do atual quadro de instabilidade é amargo, mas é necessário cortar na carne para que o gigante não hiberne no berço esplêndido e pare de crescer fora de campo, no seu maior patrimônio: a torcida.
Fonte: Blog do Fabio AzevedoMais Lidas
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