Opinão: Todos por um
A eliminação da Copa do Brasil e do Campeonato Estadual, além da rixa com Romário e dos dois anos de trabalho sem ter conquistado nenhum título causaram a demissão de Renato Gaúcho. Pelo que se vê por aí, dá até pra dizer que ele durou muito. Só é uma pena que um clube da tradição do Vasco se entregue a um objetivo que deveria ser de Romário, somente de Romário. Se todos em São Januário têm que trabalhar pela meta de um, passo a questionar se o esporte que se pratica por lá é mesmo o futebol. Quando o coletivo é mobilizado pela realização de um objetivo individual, o compromisso com a vitória acaba. Talvez seja por essas e outras que o Vasco não conquiste nada desde o Estadual de 2003.
Se o milésimo gol é o maior objetivo da vida de Eurico Miranda, ele corre o risco de fracassar. Uma nova eleição será realizada até o dia 16 de maio. Se perder para Roberto Dinamite, o presidente não verá o gol mil, a não ser que Romário abra mão do Maracanã e entre em campo para enfrentar o América-RN, em Natal, no dia 13 de maio, estréia no Brasileirão. O primeiro jogo do Vasco no Maraca será somente no dia 3 de junho, contra o Fluminense, prato cheio para Romário imortalizar a sua marca tão questionada. Mas o sonho que Eurico transformou em objetivo vascaíno poderia realizar-se sob a tutela do maior rival político, Roberto Dinamite.
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