Futebol

Opinão: "Teoria da conspiração"

A torcida já sacou tudo. O achocolatado sofrido pelos reservas do Vasco ontem foi uma estranha estratégia motivacional de duas vias bolada pelo Ricardo Gomes. A ideia é simples: ao levar um sapeca de 5 a 1 do mesmo clube que vamos enfrentar daqui a três dias numa final, por um lado faremos com que eles pensem que a partida decisiva será moleza e por outro deixaremos nosso time mordido para dar o troco em quem nos goleou.

Parece absurdo, mas só uma teoria da conspiração como essa explica a atuação abaixo do ridículo dos nossos suplentes. Tá certo que um jogo como esse, entre as finais da Copa do Brasil, era um convite para a desmotivação (não justificada, já que vestir a armadura cruzmaltina já é motivação que baste). Mas os sujeitos que representaram nosso clube ontem poderiam ao menos se esforçar um pouco assim que perceberam que o adversário estava levando a partida a sério (o que deveria ter acontecido por volta dos 10 minutos do primeiro tempo ou do segundo gol do Coxa, como preferirem). Mas não! Seguindo a risca o \"plano maquiavélico\" do treinador, o time esperou levar quatro gols para acordar pra vida, com pelo menos três desses contando com uma colaboração decisiva da nossa (hahahaha) defesa.

Foi um festival de entregadas, jogadores adversários ganhando dos nossos ma corrida sem muito esforço, bolas nas costas, bateções de cabeça e outras bizarrices. Teve até zagueiro do Vasco ajeitando bola pra atacante alviverde marcar gol. No ataque, as canhestrices só não foram em maior número porque nem criamos jogadas para isso. Mas vale a menção honrosa ao Max, que se destacou nas besteiras tanto na defesa como no ataque: atrás, além das várias jogadas nas suas costas, entregou a bola que originou o segundo gol adversário; na frente, quase marcou um gol por acidente, mas para não fugir do planejado pelo técnico, fez questão de perder o gol mais feito do Vasco nos últimos tempos quando pegou o rebote.

E o próprio mentor do plano não poderia ficar de fora do esquema. Para que a estratégia motivacional desse certo, Ricardo Gomes contribuiu fazendo algo que ele está acostumado, que é demorar horas pra tomar uma atitude. Foi preciso o time tomar quatro gol para nosso técnico...não fazer nada! Imagino suas gargalhadas internas ao ver seu plano dando certo. E Gomes elogiando os jogadores no intervalo, vendo os jogadores do Coritiba e sua torcida cada vez mais empolgados.

Mas o toque de genialidade do treinador foi perceber quando o esquema estava ficando óbvio demais. Aí ele mexeu no time e disse pros jogadores correrem pelo menos um pouquinho. Mas nada exagerado! E se o Vasco conseguisse fazer dois ou três...aí lá se ia o plano por água abaixo!

Con tudo combinado, bastou falar pro Bernardo entrar e não fazer nada e, por garantia, manter as laterais abertas para que o Coxa marcasse mais um. E deu tudo certo até o fim. Isso, claro, se o Ricardo Gomes liberou o time a fazer seu gol de honra. Caso contrário, Elton deve ter levado uma bela bronca no vestiário.

Infelizmente, nunca poderemos provar essa teoria. Mas não deixaria de ser um conforto se ela fosse verdadeira. Serviria para tranquilizar a torcida, que poderia ter a certeza de que não veria outra atuação pavorosa como a de ontem.

***

Alguém ainda quer saber da atuação do time?!?!

Fonte: Blog os 4 grandes