Futebol

Opinão: "Deu água!"

O Grêmio pressionado pela desastrosa retomada pós Copa, o Vasco refeito e confiante. O ânimo dos times indicava um roteiro previsível no Olímpico. O fato de jogar em casa deveria se transformar em desvantagem para os tricolores assim que os primeiros erros reacendessem o fogo da fúria contra Silas, que se protege como pode, mas é do futebol que um técnico nunca pode se proteger o suficiente sem resultados. O Vasco, bem organizado que está, aproveitaria as brechas do desespero para continuar sua boa sequencia. Mas choveu forte em Porto Alegre, e a água carregou consigo as previsões, o futebol de bola no chão e o andamento normal do jogo.

Era preciso alçar bolas na área para fugir do atoleiro, e o Vasco começou a noite assim, buscando as cabeçadas de Nunes. O primeiro arremate morreu na poça d’água, mas o segundo deslizou traiçoeiro e Victor caiu atrasado. Porém, antes que a vantagem se solidificasse, o Grêmio achou um pedaço de chão para rolar a bola, de Borges a Maylson e daí até Jonas, no pivô, que girou e chutou longe do alcance de Prass.

Até a metade do segundo tempo os dois times tiveram boas chances, e o Grêmio ainda pode reclamar do último lance agudo do jogo, quando Borges driblou Fernando Prass e Titi, na cobertura, salvou com a mão. Acabou como começou, tanto o jogo quanto a situação dos times. Mesmo com os jogadores se empenhando mais do que no domingo, o Grêmio segue sem vencer a aumenta a pressão sobre Silas. Os próximos jogos serão definitivos: sucessos contra Cruzeiro e no Gre-Nal podem restaurar a confiança dos tricolores em seu treinador. Mas se não vencer, sobretudo o clássico, Silas encerrará seu ciclo no Olímpico. Já o Vasco, em ascensão e na expectativa de contar com seus bons reforços, tem tudo para subir no campeonato e trocar a zona do descenso por um lugar melhor na classificação.

Fonte: Blog de Lédio Carmona