Futebol

Odvan: "Estou com a mesma inspiração de 98, 97 e 2000"

O zagueiro Odvan, que conquistou o Campeonato Brasileiro de 1997 e 2000, a Taça Libertadores da América de 1998, e a Copa Mercosul de 2000, entre outros títulos, fala sobre o seu retorno ao Vasco.

"Estou vendo essa situação do Vasco. Também recebi proposta de alguns clubes, mas eu primeiro estou pensando no Vasco, acima de tudo, quem me abriu as portas para eu treinar. Fiz um treinamento forte lá. Foi legal para mim", disse no programa "Só dá Vasco", veiculado na Rádio Bandeirantes.

PRONTO PARA ESTREAR

"Entrar em forma já estou 100%. Agora posso falar que já estou 100%. Só falta mais um pouco de bola. Isso a gente pega rápido. Mas a minha forma física, graças a Deus, estou legal".

"Faltam só pequenos detalhes. Já estou legal. O negócio é só bola mesmo. Já estou pronto para ajudar o Vasco, que é o mais importante".

SER REGULARIZADO ATÉ SEXTA-FEIRA (19/09)

"Agora não depende só de mim. Agora depende deles lá. Se Deus quiser, vai correr tudo bem e vou estar pronto para jogar".

MOTIVADO

"Com certeza. Acho que você vestir a camisa do Vasco é uma motivação muito grande. Cada vez que entro em São Januário, me lembro das coisas boas lá. Isso com certeza é importante. É claro que agora a motivação tem que ser maior e bem mais forte, porque tem um motivo muito grande. Meu pensamento, na verdade, agora é tirar o Vasco dessa situação que ele está passando. Estou com a mesma inspiração de 98, 97 e 2000. Estou inspirado demais e com vontade de ajudar. Isso é o mais importante".

ZAGA DO VASCO TER SALVAÇÃO

"Tem. É claro que tem. São bons jogadores. São jovens ainda, então têm muito o que aprender. É claro que têm muito o que aprender ainda. A gente, com a experiência que eu e o Fernando temos, vamos passar para eles. Vai dar mais tranqüilidade para eles, dentro do campo e fora também".

DUPLA COM FERNANDO

"Ainda não [joguei junto]. Só contra. Mas tive vários exemplos. Aconteceu um exemplo comigo também. Foi no Madureira, onde tinha o Léo Fortunato, que era reserva do reserva, começou a jogar comigo e fizemos uma zaga no Estadual, a melhor zaga do Estadual. Tomamos, se não me engano, dois ou três gols só. Depois ele foi vendido para o Cruzeiro. Acho que o fator experiência ajuda bastante. Ele era reserva do reserva, foi jogar comigo e depois cresceu muito".

MAIOR DIFICULDADE NA LIBERTADORES DE 1998

"Foi tranqüilo, porque acho que o trabalho que a gente tinha feito no Campeonato Brasileiro, o elenco que a gente tinha também já passava essa tranqüilidade. Na primeira vez que fui disputar essa competição, eu já sabia o que ia enfrentar pela frente, até aquela rivalidade entre Brasil e Argentina. Isso foi passado para mim antes. Foi tranqüilo. As pessoas também que estavam do meu lado ali, a nossa equipe também passava essa tranqüilidade. A gente sabia que ia jogar contra os argentinos. Era um jogo mais pesado, um pouco até violento, mas a gente poderia sempre passar por eles, mesmo com essas dificuldades. Eu estava tranqüilo. Acho que o mais difícil para mim foi me adaptar no Campeonato Brasileiro, porque é o mais difícil que tem no Mundo. Depois que passei ali, falei \"Agora o que vier a gente passa por cima\"".

PERFIL DE CAPITÃO

"Sei lá. Tenho sim. Tenho, porque o capitão acho que dentro de campo ele tem que se impor e sempre passar as instruções para os companheiros. É o meu jeito de ser assim. Aprendi com o vovô Mauro Galvão. Ouvi muito".

MAURO GALVÃO TRANQÜILO DENTRO DE CAMPO

"Está louco. É ruim. Fora de campo o Mauro é isso aí, muito tranqüilo. Mas dentro de campo não dá para ficar tranqüilo. Principalmente ele falava para caramba dentro do meu ouvido. Mas ali dentro era normal, a vontade de vencer".

"A gente cita até o próprio Edmundo. Dentro de campo ele se transforma. Quando termina o jogo, você vê a pessoa que ele é. Isso é normal na adrenalina, ainda mais defendendo a camisa do Vasco. A gente tem que se transformar".

EXPERIÊNCIA

"É por isso que, tendo jogadores mais experientes ao lado para passar isso para eles. A gente conversar, passar para ele \"Pode ficar tranqüilo, que a gente está aqui do seu lado para o que der e vier\". Para dar um tranqüilidade para o jogador nesse momento".

CAMISA 98, QUE FICOU COM PEDRINHO

"Não. Não dá. Nem número 98 e nem chuteira branca".

NOVO MAURO GALVÃO

"Não, porque o Fernando já é um pouco experiente também e jogou muito tempo no Flamengo. Ali dentro é só a gente conversar".

TRÊS ZAGUEIROS

"Joguei no Coritiba assim, com três zagueiros. Dá para passar tranqüilo também. Para mim tanto faz, com três ou dois. Já joguei no Coritiba assim, na sobra. Às vezes ele trocava, tirava um zagueiro e me botava para o lado".

MAURO GALVÃO TER SE CONSAGRADO MAIS PORQUE JOGAVA NA SOBRA

"Não. Não era assim. O torcedor fala o que quer, mas não sabe ali dentro como que é. O engraçado é que a gente jogava até no olhar, se conhecia pelo olhar dentro do campo. É impressionante. Era um entrosamento inexplicável. A gente olhava para o Mauro... Ele já sabia o que eu ia fazer. Eu olhava para ele e já sabia o que ele ia fazer. Essas coisas é que fizeram com que a gente fizesse bastante sucesso com a camisa do Vasco".

Fonte: Vasco Expresso