O resultado de uma organização – São Paulo 1x1 Vasco
No último domingo (22) o São Paulo recebeu o Vasco no Morumbi. Sá Pinto tinha uma série de desfalques tanto por Covid-19 quanto por suspensão. O treinador português busca estabelecer sua ideia de jogo e adaptar isso a característica dos jogadores do elenco do Vasco. Um time que explorar as transições ofensivas, principalmente pelos corredores laterais. Circunstancialmente, procura subir o bloco de marcação e sufocar o adversário em seu próprio campo, mas em boa parte das partidas, o Vasco adota uma postura de bloco mais baixo e controlando os espaços protegendo sua área.
Contra o São Paulo de Fernando Diniz não foi diferente. Conforme o Tricolor subia e avançava em campo, o Vasco abaixava suas linhas e direcionava o adversário para os corredores laterais e assim, fazer uma zona pressão maior ao portador da bola para recuperar e sair em velocidade, ou manter a posse e se organizar ofensivamente.
Dentro desta proposta, o Cruz Maltino fez um bom primeiro tempo, conseguiu criar boas oportunidades e pouco sofreu defensivamente. De fato, a equipe evoluiu demais com o Sá. Até o momento foram 8 jogos e apenas 5 gols sofridos, por mais que os números ainda seja recente, já se nota um comportamento defensivo bem mais zonal e menos por encaixes, que era adotado por Ramon e Abel. Entretanto, um problema que ainda se mantém é a criação, adotando uma postura mais reativa e utilizando bem mais as transições, se a equipe não aproveita as chances que tem se torna fatal. E foi exatamente o que aconteceu. Após abrir o placar com o artilheiro German Cano, criou boas oportunidades através das transições, porém, não aproveitou nenhuma. O São Paulo que pouco criava, conseguiu converter um erro individual de Jadson em chance de gol e empatou a partida.
Pegando os números frios da primeira etapa fica explícito que a execução dos que foi proposto estava dando certo, foram 5 finalizações, sendo 2 no gol. E todas as finalizações foram de dentro da área e dessas chances criadas, 3 foram em contra ataque. Ou seja, corrobora com a seguinte frase: Não existe jeito certo de jogar, e sim a maneira com que potencializa os seus jogadores dentro do modelo de jogo proposto.
No segundo tempo a partida ficou mais truncada com as duas equipe criando bem pouco. O Vasco muito bem postado e organizado defensivamente, o São Paulo tentando circular a bola por fora do bloco de marcação, porém, nesta situação precisava de um time com mais amplitude e não tinha nenhum jogador para oferecer isso. Por isso, todo o 45 min final foram pautados com o Tricolor com domínio territorial e o Vasco controlando o espaço.
A equipe fisicamente sentiu e já não imprimia a velocidade necessária para conseguir agredir os donos da casa, segurou o resultando e trouxe um ponto importante para o Rio. Aos poucos Sá vai conseguindo colocar suas ideias e as moldando de acordo com o elenco que possui. Léo Matos e Neto Borges – que entrou no final do segundo tempo – são fundamentais neste esquema, pois são jogadores com valências ofensivas primordiais para que o Vasco chegue à área adversária com o máximo de jogadores. Benitez e Talles de fora também pesam demais na criação, o português precisou utilizar dois jogadores de mais velocidade e menos criatividade, a equipe sentiu quando precisou reter a posse no campo de ataque, porém, ganhou em força física e velocidade pelos corredores. O trio de zaga – teoricamente titular – jogou poucas vezes juntos, mas hoje é o menor dos problemas para ele. Por mais que o Jadson tenha falhado no gol, fez uma partida extremamente segura e firme.
Vamos seguir apoiando e acompanhando o trabalho do portuga de perto para que tudo dê certo.
Por Rodrygo Nascimento
Fonte: SUPERVASCO.COMMais lidas
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