O que esperar do trabalho de Marcelo Cabo como treinador do Vasco
Anunciado no sábado e com chegada ao Rio de Janeiro prevista para esta terça (2), Marcelo Cabo, novo técnico do Vasco, terá sua primeira oportunidade em um grande clube do Brasil, mas não é iniciante no trabalho técnico fora das quatro linhas.
Aos 54 anos e tendo conquistado o título do campeonato goiano com o Atlético-GO, Cabo foi escolhido a partir de uma série de avaliações feitas pela nova diretoria do Vasco e aceitou o desafio de reconstruir o futebol vascaíno, que até o momento, disputará a Série B em 2021.
Aqueles que observam de perto o trabalho do técnico, acreditam que a oportunidade de trabalhar no Vasco é merecida e que o profissional tem tudo para fazer um ótimo trabalho. O setorista do Atlético-GO no ge Guilherme Gonçalves falou ao próprio portal sobre o trabalho de Cabo:
– A principal virtude de Marcelo Cabo é falar a língua do vestiário, ser próximo dos jogadores, mas também saber cobrar. Extrair o máximo dos atletas e fazê-los comprar a ideia de jogo.
Cabo costuma utilizar o esquema 4-1-4-1, com variações para 4-3-3, geralmente mesclando um atacante de velocidade e um meia construtor abertos pelas beiradas. O segundo volante também tem papel primordial nas equipes dele, como foi com Magno Cruz no título da Série B em 2016 e com Marlon Freitas agora, na melhor campanha do Atlético-GO na história da Série A.
O estilo contrasta totalmente com o futebol de poucas chances de gol apresentado pelo Vasco nos últimos 3 anos.
Ao jornal O Globo, o repórter Juliano Moreira, da Rádio Bandeirantes, fala sobre o DNA ofensivo dos times comandados por Marcelo Cabo:
– O Atlético com ele jogava para frente o tempo todo. Isso está no DNA do Marcelo Cabo aqui — afirmou Juliano Moreira: — O trabalho é de intensidade, de jogar o time para cima, com movimentação o tempo todo. Ele entende que o goleiro tem de jogar, gosta da linha alta, marcação no campo do adversário, marcação na saída de bola. Ele tinha peças para fazer isso na Série B, em 2016. Na Série A, ele não tinha. Então, quando fazia um gol, dependendo do adversário, recuava demais, porque não tinha peças para manter. Mas o estilo dele é de jogar em cima do adversário.
Como enfrentará equipes na série B que jogam recuadas, essa versatilidade era procurada pelo Vasco. No podcast da Footure The Pitch Invaders, Marcelo Cabo valorizou o jogo posicional e disse gostar de usar os jogadores em suas próprias posições. Ele também falou sobre as vantagens na utilização de jogadores vindos das categorias de base.
Cabo teve sucesso no Atlético-GO em uma outra oportunidade, ele foi campeão da Série B em 2016, competição que o próprio Vasco disputou.
Adepto do 4-2-3-1 com jogo apoiado e laterais que chegam ao ataque e consegue alterar o estilo caso o jogo esteja muito truncado. Cabo preza pelos treinos de fundamentos e gosta de observar as divisões inferiores atrás de potenciais jogadores para suas equipes.
A estreia de Marcelo Cabo pelo Vasco deve ocorrer na terceira rodada do Campeonato Carioca, até lá o cruz-maltino deve continuar atuando com equipe sub-20 comandada por Diogo Siston.
Fonte: Papo na Colina