O que esperar de Maxi López?
O que esperar de Maxi López?
Aos 34 anos, os últimos oito deles no futebol europeu, o argentino foi contratado pelo Vasco para resolver de vez os problemas do ataque da equipe. Chegou com status de candidato a ídolo, ganhou o apelido de Trator e mostrou simpatia nas redes sociais. E dentro de campo?
Maxi é a solução encontrada pelo Vasco para o ataque. O time se ressente de um centroavante desde a aposta malsucedida cem Luis Fabiano. López, de 1.85m, possui as características necessárias para preencher um setor que vinha tendo o improvisado Andrés Ríos como dono.
Última temporada discreta
Entretanto, os números recentes de Maxi não são animadores. Em sua última temporada, pela Udinese, marcou seis gols em 29 partidas. Mas o dado tem uma “pegadinha”: quatro gols foram marcados na mesma partida, contra o Perugia, da segunda divisão, pela Copa da Itália – dois deles foram de pênalti.
Isso significa que, na Série A italiana, Maxi fez dois gols em 28 jogos. A isso, somou duas assistências. Ao detalhar as estatísticas, é possível perceber um típico centroavante: de ação restrita à grande área, poucos passes e participação abaixo do esperado no jogo aéreo.
- Sou um centroavante de área. Já mostrei alguma coisa no Grêmio e espero fazer mais. A diferença é que sou mais experiente agora. Mas com a mesma vontade de antes. Sei que o momento pode melhorar, e estou trazendo minha experiência para tentar ajudar - disse Maxi em sua apresentação.
Números de Maxi López pela Udinese
Duelos aéreos vencidos 38/104 (36,5%)
Passes certos 66,7%
Dribles por jogo 0,4
Faltas sofridas 0,8
Passes-chave por jogo 0,8
Fonte: WhoScored
As finalizações de Maxi López
Pela Udinese na Série A da Itália em 2017/2018
Fora da área: 7
Grande área: 2
Pequena área: 20
Pequena área: 20
Fonte: WhoScored
O que os números não mostram
Apesar dos números discretos, Maxi recebeu elogios do zagueiro Samir, seu companheiro de equipe na Udinese, pela inteligência tática e forma física.
- Conheci o Maxi quando ele chegou aqui na Udinese e viramos grandes amigos. É um excelente profissional, muito dedicado, não se machuca, inteligente taticamente, tem muita qualidade. Tem tudo para se dar bem, até porque já jogou no futebol brasileiro e fala bem a nossa língua. É muito experiente, jogou muito tempo na Europa, seria um grande reforço mesmo – disse o zagueiro.
A carreira de Maxi é feita de altos e baixos. Foi revelado pelo River Plate, clube do qual era torcedor, e impressionou o suficiente para ser comprado pelo Barcelona, onde não convenceu. Daí, começou a peregrinação: rodou por Mallorca, FC Moscou, Grêmio, Catania, Milan, Sampdoria, Chievo e Torino.
Transformação na Itália
Em sua primeira experiência no Brasil, Maxi foi bem. No Grêmio, conquistou os torcedores ao fazer o gol da vitória por 2 a 1 no Grenal dos 100 anos, em 2009. O Tricolor gaúcho se mexeu para renovar com ele, mas um imbróglio o levou ao Catania, onde também teve bons números: 26 gols em 70 jogos.
A última boa passagem de Maxi foi no Torino, onde esteve de 2014 a 2017. Pela equipe granata, marcou 20 gols em 70 jogos. No geral, sua experiência na Itália o transformou mais num centroavante do que no segundo atacante promissor do início da carreira.
- Na Itália ele encontrou seu lugar no mundo. Transformou-se num jogador mais de área, mais lutador, mas centroavante que garçom, que era como havia surgido no River – analisou Gastón López, jornalista argentino do diário “Olé”.
O extracampo
Recentemente, no Brasil, Maxi ficou mais famoso pela polêmica em que se envolveu com Mauro Icardi, outro atacante argentino que atua na Itália. Os dois eram amigos, mas Icardi se envolveu com a então esposa de Maxi, a modelo Wanda Nara. O caso gerou inimizade entre os dois, a ponto de López se recusar a cumprimentar o rival num jogo pelo Campeonato Italiano.
Fonte: geMais lidas
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