Futebol

O peso da tradição

Já diz a letra de Jorge Aragão, da música \"Moleque Atrevido\": por isso vê lá onde pisa/respeite a camisa que a gente suou/respeite quem pôde chegar onde a gente chegou.´´ Essa é a história do Flamengo e o motivo de o clube ainda sobreviver. O Manto Sagrado consegue façanhas inacreditáveis e hoje, às 16h, no clássico com o Vasco, no Maracanã, terá mais uma daquelas missões. Além de vencer o maior rival, precisa de uma combinação de resultados para garantir uma vaga na semifinal da Taça Rio.
- Não penso nesse jogo como o da eliminação e, sim, o da classificação. Temos que levar sempre para o lado positivo. Sou rubro-negro, antes de tudo, e quero ver o Flamengo sempre por cima. E depois que classificar, um abraço. Seremos campeões - disse Adílio, num discurso raro hoje entre os boleiros.

Ele fez história no Flamengo na década de 1980, num time formado, em sua maioria, por jogadores formados no clube. Ao seu lado, craques como Zico, Júnior e Andrade, que, assim como Adílio, é funcionário do clube.

- Temos uma história, uma camisa que merece respeito. O Flamengo tem é que disputar finais.

Na minha época, de quatro competições, disputávamos três finais. Tenho a esperança de ver novamente esse time campeão com o Maracanã lotado - disse Andrade.

Júnior é mais cético e não vê a possibilidade de uma mudança em pouco tempo.

- Essa situação era inimaginável.

Precisa de uma reviravolta de 180 graus. Mas a gente ainda acredita que isso possa acontecer - afirmou.

Realidade. Principais jogadores do time, Ramírez e Luizão vivem essa situação e incorporam o espírito rubro-negro. Ambos são responsáveis pelo bom aproveitamento do ataque e um pouco de esperança que ainda reside na torcida.

- Vim para o Flamengo ganhar títulos. Essa não é a maneira que quero começar o ano. A eliminação vai ser motivo de muita tristeza disse Ramírez.

Fonte: Lance