O efeito Rodrigo na semifinal do Campeonato Carioca
Boa parte da torcida do Vasco tem uma queda pelo “pitbull”: o primeiro volante incansável na marcação e que dificilmente sabe sair jogando. Yuri Lara virou xodó na temporada passada e Rodrigo logo foi abraçado quando despontou como o jogador deste ano. Por isso é fácil entender o motivo, quando o time perdeu para o Flamengo, logo compreendeu-se que a ausência do volante, barrado por Maurício Barbieri, fez toda a diferença no resultado.
Mais do que Rodrigo, fez falta ao Vasco na primeira partida da semifinal do Carioca aquilo que ele representa. Uma olhada nos números do clássico escancara isso. Quando venceu o Flamengo por 1 a 0, com Rodrigo em campo, o Vasco teve 23 desarmes certos, de acordo com o site “Footstats”. Na partida da última segunda-feira, esse número caiu para apenas nove.
O que os números também revelam é que quem mais desfalcou o Vasco neste quesito não foi Rodrigo, ou a ausência dele, e sim Andrey Santos. Na partida pela Taça Guanabara, o jogador, em sua reestreia pelo cruz-maltino, conseguiu seis desarmes. No jogo passado, nenhum. Rodrigo desarmou quatro vezes.
Não foram dois ou mais jogadores que desarmaram menos. Coletivamente, o Vasco deixou a desejar no quesito. Dez jogadores diferentes desarmaram na Taça Guanabara. Segunda-feira, sete.
Podem explicar essa queda uma orientação diferente de Barbieri, que soltou mais o Vasco em relação ao jogo passado; o Flamengo, que conseguiu impor mais seu jogo; e o acúmulo de desgaste dos cruz-maltinos. Eles vêm em uma forte sequência de a partidas com intervalos de três dias e marcar com força, jogar sem a bola, cansa mais do que tê-la.
A questão física pode ter pesado tanto que o Vasco pode poupar alguns atletas contra o ABC, amanhã, às 21h30, em São Januário, pela segunda fase da Copa do Brasil. No domingo, o time precisa vencer o Flamengo para ir à final do Carioca.
Fonte: Agência O Globo