Futebol

Números explicam papelão do Vasco de Antônio Lopes

Os números do Vasco de Antônio Lopes explicam a péssima campanha da equipe no Brasileiro deste ano. Até antes da décima sétima rodada, o Vasco era o segundo time que mais errava passes, com um total de 603, atrás apenas do Cruzeiro que havia errado 642. O excesso de passes errados dos cruzeirenses se explica pelo fato de o time mineiro ser uma das equipes que mais arriscam, num sistema tático que já permitiu ao clube ter feito 215 finalizações até a décima sexta rodada, liderando o número de arremates e bem a frente do Vasco que, até antes da derrota para o São Paulo, ocupava a décima nona posição em finalizações com apenas 149 arremates a gol, 30 deles com sucesso, o que demonstra que apesar de eficiente, o ataque vascaíno chuta pouco, provavelmente por que seu meio-campo não consegue reter a posse de bola em razão do éssimo posicionamento da equipe.

O Cruzeiro, apesar do excessivo número de passes errados, tem enorme destaque em recuperar a posse de bola e ocupava a terceira posição com uma média de 17,69 bolas roubadas por partida, um número significativamente superior ao do Vasco que recupera apenas 13,5 bolas por partida levando-se em consideração apenas os 16 primeiros jogos do campeonato. O rival rubro-negro liderava este quesito 19,5 bolas roubadas por partida até o início da décima sétima rodada, pois tendo jogado a maior parte do Brasileiro com atacantes como Souza e Marcinho, o time da Gávea teve como característica a marcação forte na saída de bola dos adversários, o que facilitava o trabalho de seu meio-campo para recuperar a posse de bola, pois os zagueiros adversários eram obrigados a sair jogando com chutões. Curiosamente a saída de Marcinho e depois de Souza fizeram o time do Flamengo perder esta característica e conseqüentemente despencar na tabela.

O Vasco de Lopes, além de errar muitos passes e não recuperar as bolas em razão do mau posicionamento da equipe do professor em campo, também é ineficiente para parar as jogadas com falta, um recurso tolerado pela arbitragem e determinante no desenrolar das partidas. O Vasco segue a linha do time que não joga, mas deixa jogar, pois, ao contrário do líder Grêmio, que lidera também o ranking de faltas cometidas, fazendo 25,69 infrações desta natureza por partida e sofrendo19,63, o time de Antônio Lopes que erra muitos passes, não recupera as bolas perdidas, não tem a maior posse de bola nas partidas, consegue fazer apenas 17,81 faltas por jogo e, inacreditavelmente sofrer excessivas 20,56 faltas por partida, um número superior ao dos líderes Grêmio (19,63), São Paulo (16,19) e Cruzeiro (16,69) que, em suas partidas, mantém por mais tempo a posse de bola.

O excesso de faltas sofridas pelo time da Colina denota a falta de participação dos vascaínos junto a arbitragem, extremamente tolerante com as reclamações dos jogadores que conduzem o andamento do jogo segundo seus interesses. No Flamengo, Fábio Luciano pressiona a arbitragem em todos os lances, seja uma simples lateral até pedidos de expulsão dos adversários. No São Paulo, toda a equipe reclama do início ao fim do jogo, postura similar a dos gremistas que cercam a arbitragem em qualquer partida, em casa ou fora. Na derrota para o São Paulo, Leandro Amaral esboçou uma reclamação solitária, pois nenhum de seus companheiros o ajudaram a se queixar contra os erros de arbitragem. Um time com a cara e a personalidade de Antônio Lopes, um apático chorão.

Fonte: SuperVasco‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ