Novo xodó, Barbio revela que previu gol contra o Volta Redonda
Apelido ele já tinha de sobra, mesmo antes do primeiro gol. Dedé o chamava de \"Emília Preta\" em alusão à personagem do Sítio do Picapau Amarelo. Para Alecsandro, era \"Leninha\" e para o técnico Cristóvão, \"Bob Marley\". Mas foi das arquibancadas de São Januário que veio o batismo aprovado.
Gostei do \"cabeleira\" que os torcedores gritaram. Podem me chamar de Cabeleira da Colina disse o descontraído Wilian Barbio, que também já foi o \"Sorriso\" no Nova Iguaçu e marcou seu primeiro gol com a camisa vascaína nos 3 a 0 sobre o Volta Redonda.
Nascido no bairro de Heliópolis, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, onde ainda mora, Barbio teve o pressentimento de que marcaria seu primeiro gol ainda na concentração.
Minha mãe disse que não ia ao jogo, mas falei que estava sentindo que ia meter um gol. E deu certo lembrou ele, que chegou aos 13 anos para jogar no Nova Iguaçu, onde estreou no profissional aos 17.
Ano passado, veio para o Vasco depois do Carioca, após se destacar e marcar um gol na vitória de 3 a 2 sobre o seu atual time.
Barbio namora há 10 meses Luana, de 15 anos. Fã de pagode, do grupo Revelação, ele dispensa uma das preferências do amigo Cortês, revelado pelo Nova Iguaçu e hoje no São Paulo.
Não sou muito chegado a esfiha, não. Sou mais arroz, feijão e frango da minha mãe disse Barbio.
Filho da dona Claudete, que largou recentemente o trabalho em bufê a seu pedido, e do segurança Valmir, Barbio quase não conseguiu ainda andar em casa, com tantos jornais que a família comprou no dia seguinte ao seu primeiro grande jogo.
Minha mãe quis ficar conversando quando cheguei em casa. Quando acordei, fui à casa da minha tia e eles compraram todos os jornais. Não dava nem para andar brincou ele.
O atacante avisou que não vai cortar o cabelo.
Eu tinha cabelo curto, nunca tive coragem de deixar crescer, porque no começo todo mundo zoa, chama de mendigo, mas agora está legal disse ele, que deu o recado para a torcida. É só o começo garantiu o \"Cortês vascaíno.\"