Novo presidente, Campello abre boletim de ocorrência por ameças
A complexa disputa política na eleição presidencial do Vasco acirrou os ânimos de conselheiros e torcedores na noite de sexta-feira. Alexandre Campello, vencedor da disputa, passou a ser alvo de hostilidades e até ameaças de morte desde que divulgou que não seria mais vice geral na chapa de Brant. O racha fez parte dos cruz-maltinos considerarem Campello um traidor.
O novo presidente vascaíno precisou fechar as contas de seus perfis pessoas e da chapa, além de trocar seu número de telefone. Até seus familiares foram alvo. Sua esposa recebeu ameaças através de um aplicativo de mensagens no celular. Com cópias em mãos, Campello avisou que irá até a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, na Cidade da Polícia, para registrar uma ocorrência. O local tem virado corriqueiro para personagens do atual Vasco.
- Minha família está sendo atacada. Estamos sendo ameaçados. Foram dizer que sou flamenguista. Segunda-feira irei dar queixa. As pessoas serão responsabilizadas. Isso é fruto desses formadores de opinião - afirmou Campello.
O primeiro contato que Campello teve com os torcedores quando chegou para a eleição foi dos piores. No meio de um grande grupo de correligionários, ele entrou na sede náutica sob muitos xingamentos e gritos e "Traíra".
- Que o torcedor nos dê crédito. Momento é de união. Não adianta ficar reclamando. Não façam julgamento precipitado - disse.
Alexandre Campello já estará em São Januário neste domingo, mas sua posse oficial só acontece na noite de segunda-feira, em sessão na sede da Lagoa. A partir de terça ele já tem a caneta na mão para assinar como novo presidente do Vasco.