Nova oposição começa a surgir no Vasco
Mais um cargo está vago na diretoria do Vasco. Frederico Lopes se juntou a José Hamilton Mandarino e Nelson Rocha e comunicará hoje a Roberto Dinamite sua saída da vice-presidência de patrimônio. O motivo alegado por ele é o mesmo dos antecessores, fortalecendo o surgimento de uma nova oposição dentro de São Januário.
Lopes reclamou de interferência do presidente no trabalho e se disse descontente com as decisões tomadas pelo comando geral.
Como o LANCE! revelou na edição da última sexta-feira, Fred Lopes já estava alinhado com o grupo dissidente, tanto que participou de reunião com Mandarino e Rocha há duas semanas para tratarem de uma saída conjunta da gestão.
A pessoas próximas, o dirigente já não garantia sua permanência ao lado de Roberto Dinamite. Nos últimos meses, alguns episódios foram minando o trabalho do então vice de finanças. Em um deles, Frederico Lopes demitiu uma funcionária do clube que se recusava a usar uniforme, em uma nova norma estabelecida por ele. Depois de ir chorando à sala de Dinamite, a mulher foi recontratada pelo presidente e Lopes se viu esvaziado.
Minha decisão foi pela mudança de comportamento. O presidente deixou de ouvir a sua base política. Estávamos no dia adia dando sustentação a ele. Entramos para tornar o Vasco um clube moderno, preparado. Fico chateado, não saio com o dever cumprido, mas estou ciente de que colaborei para coisas importantes afirmou o ex-dirigente vascaíno.
No clube desde 2010, ele foi um dos responsáveis pela série de reformas ocorridas em São Januário nos últimos anos. Mais recentemente, o dirigente tocava ao lado de Nelson Rocha o projeto de modernização de São Januário para a Olimpíada de 2016.
-1- Por qual motivo decidiu sair?
Foi pela mudança de comportamento. O presidente deixou de ouvir a sua base política. Estávamos no dia adia dando sustentação.
Nós tomamos decisões de demitir funcionários que não estavam cumprindo com as normas e ele passou por cima e voltou a admiti-los. Isso mostra essa falta de sintonia. Não concordo com esse modelo. Entramos para tornar o clube moderno, preparado.
-2- E quais são seus projetos?
Sou conselheiro eleito até 2014 e continuarei participando da vida política do clube. Só estou saindo da pasta, mas nada me impede estatutariamente de que eu possa ser presidente mais para frente. Vou partir para uma chapa para poder fazer do Vasco mais organizado.
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)
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