Futebol

No Vasco de 2010, Mancini reencontra ex-adversários, companheiros e até capi

Hoje em dia é cada vez mais comum os treinadores e diretores de clubes serem ex-jogadores. E no Vasco não é diferente. Porém, a lista no Gigante da Colina é extensa. No topo da hierarquia aparece o executivo de futebol Rodrigo Caetano. Mas o que mais chama a atenção da delegação que está em Vila Velha, no Espírito Santo, é a ligação de Vagner Mancini com membros da comissão técnica e até mesmo com atletas que vão disputar a temporada 2010.

Com passagens por Paulista, Grêmio, entre outros clubes, Mancini já encarou o preparador de goleiros Carlos Germano e o auxiliar Jorge Luís. Por outro lado, ele já comandou o também auxiliar Anderson Silva e foi companheiro do ex-jogador nos tempos em que atuaram no interior de São Paulo. Juntos, eles conquistaram a Copa do Brasil de 2005 em cima do Fluminense, dentro de São Januário.


Aos 43 anos, Mancini passa por uma outra situação inusitada dentro do elenco vascaíno. Dos seus comandados, ele já foi companheiro do zagueiro Thiago Martinelli e do carrasco Dodô. Em 2002, o “artilheiro do gols bonitos” balançou a rede uma vez na goleada por 5 a 1 do Botafogo sobre o Paulista, pelo Torneio Rio-São Paulo.


- Enfrentei o Dodô mais vezes. Mas isso é a seqüência do futebol. Ficamos felizes de ver ex-atletas dentro do futebol, nas comissões, e isso está modificando o que vinha sendo feito. Essa geração de ex-atletas que estão estudando para isso, que estão tentando fazer do futebol algo melhor. Eles viveram uma fase em que o futebol era feito de uma maneira diferente, não generalizando, mas não concordávamos com o que víamos. Agora, nós temos a chance de fazer algo diferente – disse o treinador.

E para relembrar ainda mais alguns ex-companheiros do passado, o GLOBOESPORTE.COM mostrou ao treinador o álbum de figurinhas do Campeonato Brasileiro de 1992. Ao folhear as páginas, Mancini viu o Bragantino do qual fazia parte. Saudoso, ele relembrou das passagens de Carlos Alberto Parreira e Candinho no comando do time do interior paulista.

Confira abaixo a íntegra da entrevista exclusiva do treinador vascaíno:

GLOBOESPORTE: Quais lembranças passam pela sua cabeça ao ver o álbum?

VAGNER MANCINI: Esse time tinha ganhado o Campeonato Paulista e tinha sido vice-campeão brasileiro. Em seguida, eu cheguei para substituir o Mazinho, que havia sido vendido para o Bayer de Munique. Fazer parte desse time foi um momento muito importante. Trabalhei com o Parreira e com o Candinho.

E como foi trabalhar com o Parreira e com o Candinho?

O Parreira era excepcional. Um cara em termos táticos muito à frente dos outros. O Candinho também com uma excelente parte tática. Os dois eram excelentes.

Nessa época do álbum você estava mais bonito?

Mais jovem, menos rugas, mais vida pela frente (risos). Já se vão quase 20 anos no futebol. O legal é que temos amizade com quase todo mundo que está aqui no álbum. Não só no Brasil, mas em alguns lugares do mundo, você sempre tem alguém para conversar. O futebol te proporciona essas coisas.

Você enfrentou o Dodô em uma partida do Rio-São Paulo e ele teve uma boa atuação. Pediu para ele repetir os gols naquele época no Vasco?

É óbvio que sim. Tivemos um jogo no Rio-São Paulo 2002 entre Botafogo e Paulista e, se não me engano, ele fez dois ou três gols (na verdade, Dodô marcou apenas um gol no confronto). Se ele mantiver essa média durante o ano, nós vamos ficar muito satisfeitos.

Além de ter o Germano e o Jorge Luís na sua comissão, o Anderson Silva também jogou com você e foi comandado por você. Como funciona isso?

Atuamos juntos no Paulista. Eu, Anderson e o Thiago Martinelli, que era garoto e estava subindo aos profissionais. Posterior a isso, o Anderson foi o meu atleta, o meu capitão, na Copa do Brasil e hoje é meu auxiliar. Com o passar dos anos, você acaba tendo pessoas que estiveram dentro de campo juntos dentro de uma equipe de trabalho. Isso requer muita sinceridade, lealdade, e dessa forma nós esperamos que o nosso trabalho seja sempre bom.

Agradecemos ao nosso colaborador Jorge Basile pelo envio da matéria.

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Fonte: ge