No tapetão? Flu já está de olho em alteração de súmula do Vasco
O Fluminense não estava em campo, mas acompanha atentamente o desenrolar dos fatos do último clássico entre Flamengo e Vasco. Disputando com a equipe de São Januário e com o Bangu as duas vagas do Grupo B para as semifinais da Taça Rio, o Tricolor espera que os cinco jogadores cruz-maltinos citados como expulsos na súmula pelo árbitro Wagner dos Santos Rosa cumpram suspensão automática na última rodada do segundo turno. Classificada como gravíssima, a adulteração no documento preocupou o advogado trabalhista das Laranjeiras, Mário Bittencourt, que sugeriu a apuração do caso por todos os clubes participantes do Campeonato Carioca e levantou a dúvida se a mesma não pode ser considerada crime.
- Ainda não vi a súmula adulterada, mas, se isso realmente aconteceu, é um caso gravíssimo. Na minha opinião, todos os clubes do campeonato precisam tomar alguma medida para apurar via tribunal quem fez isso. Até mesmo o Vasco deve entrar com esse pedido, uma vez que tenho certeza de que a iniciativa não partiu do Vasco. A divulgação da súmula esta prevista no Estatuto do Torcedor e é importante até mesmo consultar um criminalista para analisar se essa alteração não pode ser configurada como crime - resumiu Bittencourt.
De acordo com o entendimento do advogado do Fluminense, Fagner, Rodolfo, Eduardo Costa, Fellipe Bastos e Diego Souza não tem condições de jogo para enfrentar o Nova Iguaçu no próximo domingo, às 16h, em Moça Bonita. Apesar de o presidente da Comissão de Arbitragem da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Jorge Rabello, já ter declarado que o quinteto não precisará cumprir suspensão automática, Bittencourt lembra que a regra não é decidida pela Ferj, e sim pela Fifa.
- O árbitro mostrou na súmula de forma clara os jogadores expulsos ao colocar a letra V ao lado do nome de cada um. Se você analisar a legislação vigente, através do artigo 12 das regras da Fifa, do artigo 53 do regulamento geral das competições da Ferj, do artigo 58 do regulamento geral das competições da CBF, ela deixa clara que a norma da Fifa prevê suspensão automática na partida seguinte. A exibição do cartão vermelho apenas da publicidade à expulsão. O árbitro tem o poder de expulsar qualquer jogador mesmo fora do estádio. Tanto que a súmula serve para o clube verificar isso. Vale o que está escrito nela. No próprio documento em questão, o árbitro cita as declarações do presidente Roberto Dinamite dizendo que as viu já em casa pela televisão. Ele não tem obrigação alguma de comunicar as situações no campo, ainda mais naquela confusão toda que se formou após o apito final - disse Mário, lembrando ainda que Fágner e Diego Souza, suspensos também pelo terceiro cartão amarelo, correm o risco de ficar fora de uma eventual semifinal.
- Se for configurada a expulsão pelo cartão vermelho direto, o jogador que tomou o terceiro amarelo antes, no caso Diego Souza e Fágner, tem que cumprir dois jogos de suspensão. O regulamento da Ferj é igual ao da CBF, e é isso que acontece no Campeonato Brasileiro.
Apesar de se mostrar interessado no caso, o Fluminense, no entanto, garante que não tomara medida alguma em um primeiro momento.
- Precisamos esperar para ver o que vai acontecer no domingo, se os jogadores expulsos vão ser escalados ou não. Entendemos que eles não podem jogar, mas não vamos tomar medida preventiva alguma.
Com dez pontos, o Fluminense ocupa a terceira posição do Grupo B da Taça Rio, atrás do Vasco (11) e do Bangu (12). Além de vencer o Olaria no próximo domingo, às 16h (de Brasília), em Volta Redonda, o Tricolor ainda precisa torcer por ao menos um tropeço de seus adversários diretos para chegar às semifinais da Taça Rio.
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