No dia do professor, Mestre Dedé explica de onde aprendeu a arte de roubar b

No dia dedicado aos professores, o LANCE! elegeu aqueles que têm dado verdadeiras aulas dentro de campo neste Campeonato Brasileiro. Os nomes vão desde os que estão marcando gols, fazendo grandes defesas, garantindo a segurança lá atrás, dando assistências e até os que estão à beira do campo.

Liderando a turma do Cruzeiro, Cuca mostra, a cada rodada, que superou a desconfiança que tinham em seu trabalho. Prova disso, é que a Raposa superou o FlumiOs mestres da bola nense de Muricy, assumindo a ponta do campeonato e permitindo que os cruzeirenses sonhem com o bi.

– Cuca é um professor, amigo, companheiro... Ele chegou e conquistou o seu espaço. Adilson foi importante no momento em que esteve aqui e o Cuca tem seus méritos agora – ressaltou o goleiro Fábio.

Sob o comando de Cuca, Fábio e Montillo têm ensinado boas lições. Mesmo fora das convocações de Mano Menezes, o camisa 1 vem se destacando. Mas fica em cima do muro quando perguntado quem foi seu principal professor na carreira:

– Seria até injustiça apontar um só, porque eles são meus amigos e depois me ligam cobrando (risos). Devo muita coisa a todos que puderam me ensinar alguma coisa. Desejo um ótimo dia dos professores para todos.

Maior ladrão de bolas do campeonato e com presença garantida na Seleção do L!, Dedé dá as ordens no setor defensivo do Vasco. O aprendizado do hoje professor veio de quatro referências. O zagueiro explica.

– Do Júnior Baiano, tiro lições sobre a bola aérea. Do Juan, lições sobre desarmes. Inspiro-me na disposição do Lúcio e na tranquilidade do Thiago Silva. Assim, tiro um pouco de cada um para que o meu futebol cresça – contou Dedé.

O pai é professor de Matemática. A mãe, de Ciências. Ou seja, dar aula está no sangue de Jonas. Artilheiro do Brasileiro com 19 gols, ninguém melhor do que ele para ensinar a fazer gols. Por cobertura, de cabeça, de primeira... Não importa: o atacante gremista é PhD em balançar a rede.

– Basta ser eficiente. Só isso. É pegar a bola e ser eficiente – resume o humilde jogador, que enche um outro tricolor, dessa vez carioca, de elogios:

– O Conca dá aula em campo.

Baresi, professor e ídolo no Milan

O Professor. Dessa forma era conhecido o maior líbero de todos os tempos, o italiano Franco Baresi – que foi campeão do mundo em 1982 e fez história no Milan, que defendeu durante toda a carreira.

Entre outras atribuições, o jogador – que atuou lesionado na final da Copa de 1994, nos Estados Unidos, contra a Seleção Brasileira – foi \"o melhor marcador que Romário já enfrentou\". Isso, inclusive, foi dito pelo próprio Baixinho.

Um dos maiores nomes da História do futebol mundial, Franco Baresi também tem laços estreitos com o Brasil. Contra a Seleção, ele viveu momentos distintos: estava no time italiano de 1982, que eliminou o Brasil e conquistou o Mundial na Espanha, e foi derrotado pelo time de Parreira em 1994, na decisão, tendo inclusive perdido um pênalti.

Com a palavra: Rafael Casé, professor da UERJ e autor do livro \"21 depois de 21\"

O Cuca é quem está dando a melhor aula. Ele soube superar a desconfiança que se tinha em cima dele e tem mostrado suas qualidades.

Por enquanto, acho que o Conca tem a nota mais alta. Eu lhe daria 9,5, mas, no fim, o Montillo ficará com a nota 10, pois deve ser o campeão.

Quem tem tudo para ficar reprovado é o Atlético-MG. E os que estão em recuperação, na beira da degola, precisam ficar atentos para não seguirem o mesmo caminho.