No dia do aniversário, Rodrigo Caetano faz balanço do trabalho no Vasco

Em entrevista à Super Rádio Brasil, Rodrigo Caetano, diretor executivo do futebol do Vasco e aniversariante do dia, fala sobre bom momento pessoal e profissional:

\"Hoje, passando mais um ano de vida, num momento importante não só na carreira como também na vida pessoal, de estar aqui no segundo ano no Rio de Janeiro, trabalhando no Vasco, participando desse momento de reconstrução, com o Vasco presente numa final de Taça Guanabara, não podia haver momento melhor para esse aniversário.\"

Rodrigo Caetano revela a idade?
\"Quando se é atleta, muitas das vezes isso não é tão necessário, mas como eu já estou atuando fora do campo, não tem problema nenhum. Hoje eu completo quarenta anos de vida. Até pelo contrário, essa idade, para a função que eu exerço, muitas vezes até parece bastante jovem (risos).\"

Rodrigo Caetano está 100% adaptado ao Rio de Janeiro?
\"Estou na minha segunda temporada aqui no Vasco e, consequentemente, no Rio. Só tenho momentos bons a lembrar, mas não foram nada fáceis. Juntamente com toda a direção do clube, passamos um 2009 de muitos desafios, montagem e remontagem de elenco, agora nesse início de ano. Observar o nosso trabalho sendo coroado, com o título da Série B, o retorno do Vasco à Série A e, agora, a disputa dessa final contra o Botafogo, no domingo, isso nos traz bastante alegria, nos deixa satisfeitos em relação ao trabalho e, consequentemente, bem mais motivados e focados para dar continuidade a esse trabalho no Vasco. Espero que esse 2010 possa ser um ano de muito mais alegrias do que tristezas. É dessa forma que encaro essa profissão, porque ela nos consome muito. No dia inteiro, você tem que estar o tempo todo atento a todos os detalhes, todo e qualquer tipo de situação que possa ocorrer, para que os atletas e a comissão técnica, pelos quais nós somos responsáveis, estejam bem para exercer suas funções.\"

Como Rodrigo Caetano trabalha a própria ansiedade?
\"Não é nada fácil. Querendo ou não, nós, que somos profissionais, nós dependemos do resultado, nós vemos o nosso trabalho sendo reconhecido através do resultado. Quando você tem a oportunidade de participar de uma decisão, como vai ocorrer no domingo, é natural e normal que todos nós tenhamos um pouco de ansiedade. O que nós temos é que contê-la de forma que jamais venhamos a ter a emoção acima da razão, principalmente na minha função, na qual tenho que estar atento a todo o tipo de situação que possa ocorrer durante a semana, de uma preparação, dos momentos que antecedem esse clássico, e procuro focar no jogo. A forma de conter a ansiedade é justamente não deixar que nenhum fato, nenhum detalhe escape. Essa história de que eu procuro pensar no jogo lá perto, para não ficar ansioso ao extremo, isso comigo não acontece. Eu procuro viver o próximo jogo e principalmente vier a minha função todos os dias, todos os minutos. Essa forma nos dá a segurança de que você estando atento a todos os detalhes, a probabilidade de ter sucesso no jogo é muito maior. Procuro trabalhar desse jeito, atento, cobrando de todas as pessoas que estão ao meu lado para que todos estejamos focados e concentrados para essa grande decisão.\"

Análise da vitória do Botafogo, por Rodrigo Caetano:
\"Isso vem a ratificar o que todos nós no Vasco falávamos: Muitas pessoas davam como presença confirmada o Flamengo na decisão contra o Vasco. Nós sabíamos que em um clássico, principalmente em se tratando de futebol e um jogo decidindo, apenas, a vaga, tudo pode acontecer. A equipe mais determinada, que faça a melhor leitura do jogo e que saiba aproveitar as oportunidades, a probabilidade de vencer é maior. O Botafogo fez o jogo que tinha que fazer para a semifinal. Certamente nós vamos, principalmente o Mancini e toda a comissão técnica, estudar muito o Botafogo. Sabemos que eles devem ter uma motivação muito maior em enfrentar o Vasco, pelo fato da derrota que tiveram no turno, o que para nós não representa absolutamente nada. Nós sabemos que as forças se equivalem. São duas equipes que passam por uma remontagem. O que ocorreu foi um caso atípico, uma situação inusitada. Nós vamos ter que suar sangue para vencer. Pode ter certeza de que o Vasco vai entrar muito forte nessa final, sempre salientando o quanto esse tipo de fórmula é traiçoeira. Muitas vezes, você faz uma grande campanha no turno e às vezes, você chega numa semifinal e por causa de um jogo, de um, detalhe, você acaba ficando de fora. É muita coisa em jogo para ser decidida em apenas 90 minutos. Mas a regra é igual para todos. Vamos ter que fazer melhor essa leitura para que nessa final, o Vasco possa garantir a sua vaga na final do Estadual.\"

Premiação está definida?
\"Nós sempre tivemos uma filosofia de não falarmos em premiação. Nós já havíamos conversado previamente com os atletas a respeito disso, muito antes de chegarmos a essa situação de disputa de título. O que tínhamos que ajustar, já está ajustado. Isso foi feito no ano passado, da mesma forma esse ano. É algo que é até bom passar para o torcedor, que isso não é pauta no Vasco. Isto são detalhes que são previamente acertados. Isso, principalmente numa semana de decisão, e nem por parte dos atletas nem tampouco por parte dos demais membros da direção, faz parte da nossa pauta. Nós realmente estamos focados 100% no jogo. Os atletas do Vasco sabem, assim como todos nós, profissionais, que não tem nada que represente maior valor do que a conquista de uma Taça Guanabara, que há muito tempo o Vasco não conquista. Então, independentemente de prêmio, que já foi previamente acordado, independentemente de valores, todos nós, no Vasco, os profissionais, a direção do Vasco, estamos realmente focados nessa final e faremos uma força tremenda para conquistar este título.\"