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No aniversário do clube, ex-jogadores do Joinville relembram partida contra

Parabéns para você! Nesta sexta, o JEC completa seu 34° aniversário. Em sua curta existência, o Tricolor tornou-se uma instituição da cidade. Milhares de apaixonados joinvilenses acompanham e torcem a cada lance do JEC.

Nesta sexta, todo tricolor, mesmo aquele que não carrega o uniforme no corpo, olhará para o passado com nostalgia e sonhará com um futuro de glórias. Porque, no fim, todo jequeano está presente nas alegrias e nas tristezas. É dia de comemorar o aniversário do clube que une esta cidade.

Nos 34 anos de vida, o manto tricolor já foi vestido por cerca de 840 atletas e, na beira de campo, foram 68 treinadores. Mas, quem são os responsáveis por fazer o JEC nascer campeão? “A Notícia” foi atrás do primeiro time campeão pelo Joinville, em 1976. Reuniu atletas daquele time, que compartilharam histórias.

Em seu primeiro ano de vida, o JEC venceu o Catarinense. Depois, foram outros 11. Criado na união entre Caxias, América e toda a sociedade joinvilense, o Tricolor demorou para sentir as dificuldades da vida. Isso fez com que inúmeras conquistas seguidas o tornassem um adulto mimado, que pouco planejava o futuro. Com isso, os tombos vieram. Agora, com 34 anos de existência, o time quer provar que está maduro. Recomeçar. Essa virou a palavra de ordem dentro do JEC.

Neste momento, o clube se encontra num desafio tão grande quanto daquela época em que Caxias e América se fundiram. Em 1976, era a dificuldade de adaptar duas equipes rivais e daí começar uma história vitoriosa. Agora, é a necessidade de respeitar o histórico tricolor e recolocar a equipe nas primeiras divisões nacionais. Para inspirar o elenco atual, a reportagem de “A Notícia” foi atrás de cada um dos ex-atletas que fizeram o JEC campeão em 1976.

Depois de duas semanas de procura, conseguiu conversar com ex-integrantes daquela equipe (Djalma, Paulinho Teta, Joel Mendes, Raul Bosse, Osni Fontan, Alcino Simas, Chico Samara e Silvinho), que, além de relembrar o surgimento do clube, também aconselharam a nova geração, contando como superar os caminhos das pedras. Do encontro, o que já ficou garantido é a promessa de organizar um grande evento no aniversário tricolor ano que vem.

Diretoria assume metas ousadas

Olhando para o futuro do Joinville, o presidente do JEC, Márcio Vogelsanger, traça algumas metas para serem cumpridas até o final de 2010. As mais importantes são a diminuição da dívida do clube e a reforma do centro de treinamento do Morro do Meio. Outro plano da diretoria é conseguir alcançar os 10 mil sócios até o final do ano. Como essa última opção é a que pode trazer resultados mais rapidamente, a atenção da diretoria está voltada para o programa de sócios.

— Estamos com quase seis mil associados e queremos alcançar os dez mil. Logo, vamos reforçar nossa campanha de captação de torcedores. Esses apaixonados pelo JEC podem contribuir muito para o crescimento do clube — imagina o presidente tricolor.

Outra preocupação da diretoria é diminuir gradativamente a dívida do clube. Aí entra o reforço para a compra dos bilhetes da Time Mania.

— Quanto mais bilhetes vendermos, mais conseguiremos abater das nossas dívidas — Ressalta.

A cada mês, o JEC consegue diminuir em R$ 30 mil a dívida trabalhista do clube. Ao todo, no ano passado, o Joinville conseguiu diminuir em cerca de R$ 1,5 milhão a dívida do clube. Mesmo assim, o tricolor ainda tem débitos na casa dos R$ 4 milhões. Até o fim de 2010, a diretoria planeja diminuir pela metade o montante.

— Todas essas dívidas foram acumuladas durante anos, logo, não será do dia para noite que tiraremos todas. Mas nosso trabalho é fazer algo estruturado, que possa se sustentar, para que em poucos anos o JEC seja rentável novamente — ressalta Márcio Vogelsanger.

Ex-campeões falam sobre primeiro título

No campo da Arena Joinville, ex-atletas do JEC de 1976 relembram como o tempo passou. Trinta e quatro anos depois, pisam no gramado da nova casa do Tricolor. Em 1976, eles jogavam no Ernestão. Rapidamente, as histórias escondidas na memória vêm a mente. A memória que toma mais tempo é a história do primeiro jogo contra o temido Vasco da Gama.

— Antes do jogo, falavam que nós íamos levar 20, 30 a zero. Tinha gente em cada cantinho do estádio para ver a gente jogar. No final, os jogadores do Vasco estavam brigando entre si. Fizeram um gol no finalzinho com o Dinamite. Mas ali começamos a mostrar que éramos fortes — relembra Chico Samara, volante daquele time.


Vídeo do encontro


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Fonte: Clicrbs