Futebol

Nelson Rocha pede medidas para melhorar rentabilidade do Estadual

O Carioca ainda é o estadual mais charmoso do Brasil, mas o prestígio, nas arquibancadas, já não é mais o mesmo de décadas atrás. Tanto que, somados, os clubes que disputaram a Série A em 2011 lucraram cerca de R$2 milhões com as bilheterias das 132 partidas (média de R$15 mil por jogo). E só porque a estreia de Ronaldinho Gaúcho pelo Flamengo aconteceu contra o Nova Iguaçu — partida que gerou lucro de R$570 mil.

No atual formato, o Carioca raras vezes conta com partidas lucrativas para os clubes. Os quatro grandes, por exemplo, só pagam as despesas dos jogos — aluguéis, arbitragem, ambulâncias — em clássicos e partidas com algum apelo (como a estreia de R10). Levaram, em média, 7.770 pessoas a cada confronto. Assim, mesmo vencendo as Taças Guanabara e Rio, o Flamengo saiu do Carioca com R$1,1 milhão de lucro com bilheterias. O Vasco, com modestos R$60 mil, e o Botafogo com R$370 mil. E o Fluminense, cujas rendas acabam penhoradas, ficou no vermelho em R$100 mil.

— Acho que o Estadual, como está, precisa de uma reformulação no formato. A gente não conta só com receitas de bilheteria, o cálculo é mais abrangente, mas pensando que, só de entrar em campo, os jogadores possuem um custo, isso já é um prejuízo — avalia Nelson Rocha, vice-presidente de finanças do Vasco.

Esvaziamento maior

Com Vasco, Fluminense e Flamengo envolvidos na Libertadores, é provável que a baixa média de público dos quatro grandes caia ainda mais, já que os clubes começarão o Carioca com os reservas. Mas esse é apenas um dos fatores responsáveis pelo esvaziamento:

— O Carioca começa em janeiro, uma época complicada para as famílias, que pagam impostos, há o material escolar, acontece durante uma festa, o carnaval, é uma série de fatores — argumenta Nelson.

Fonte: Extra