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Nelsinho Rosa e Antônio Lopes comentam identificação de Edmundo com o Vasco

Após quatro anos afastado da Colina, Edmundo está de volta. De volta não. Para a torcida, ele nunca deixou São Januário. Considerado o maior ídolo do Vasco pós Roberto Dinamite, Edmundo jamais foi esquecido. Ele não tem estátua na sede do clube, como Romário, mas se faz presente em todas as partidas da equipe.

Afinal, a invocação "Ah! É Edmundo" é tão comum na arquibancada de São Januário, quanto os cânticos de incentivo ao Vasco. Nelsinho Rosa, atualmente coordenador das categorias de base do clube, foi o responsável pela promoção de Edmundo aos profissionais, em 1992. Segundo ele, tamanha idolatria se deve à forte ligação entre o atacante e o clube, evidenciada em sua estréia.

- Edmundo tem raízes vascaínas. Desde o início, ele se sobressaiu não apenas pela técnica, mas pela entrega. Em sua estreia, o Vasco venceu o Corinthians por 4 a 1, fora de casa.

Ele não fez gol, mas quando Luizinho foi expulso, ele passou a jogar como cabeça-de-área para ajudar a equipe. Esse tipo de atitude, fica marcado na memória do torcedor - disse Nelsinho Rosa.

Antônio Lopes também conhece e entende Edmundo como poucos. O treinador teve participação em três fases distintas na vida profissional do atacante: em 1991, quando ele despontava como uma grande promessa da base; em 1997, no auge de sua carreira; e em 2003, em sua passagem mais apagada pelo Vasco.

Lopes tem a explicação para a declarada relação de amor entre Edmundo e o clube.

- Edmundo é um representante da torcida dentro de campo. Mesmo quando defendeu outros clubes, ele nunca negou que era vascaíno. Acho que isso o prejudicou, mas também o tornou inesquecível. Sua volta será positiva, pois creio que a torcida terá mais paciência com a equipe, quando ele estiver em campo - disse Lopes.

Agora, resta esperar o dia da reestréia do atacante. A torcida já conta os minutos para gritar: "Ah! É Edmundo!"

Fonte: Lance