Necessidade sim, desespero não: a postura do Vasco em busca de patrocínio
O torcedor vascaíno vive um misto de sensações desde o começo de temporada, variando da euforia pelas goleadas na pré-Libertadores e viradas no último minuto no Carioca à preocupação com a situação financeira do clube.
Se, em campo, o time de Zé Ricardo vem atingindo os objetivos traçados, fora dele a nova diretoria tenta buscar formas de cumprir com suas obrigações e novas fontes de receita para o clube.
A ausência de um patrocinador master na camisa tem sido um dos principais motivos de questionamento da torcida. Uma irritação compreendida pelo vice-presidente de marketing do clube, Bruno Maia, que vê um cenário complicado a curto prazo.
- Infelizmente, nessa época do ano, muitas empresas já fizeram suas aplicações, escolheram aonde vão colocar o dinheiro. Já ouvi de algumas delas: "Se tivesse tido isso em outro momento". Eu brinco que se todo mundo que fala que vai botar dinheiro no Vasco em 2019 colocar... A gente tem trabalhado com o que existe no mercado e nem sempre são as melhores condições.
Sem as Certidões Negativas de Débito (CND), o clube fica impossibilitado de acertar com empresas estatais, o que reduz ainda mais o, já restrito, mercado de empresas interessadas em investir no futebol.
Mas a necessidade não é motivo de desespero em São Januário. Maia faz questão de ressaltar que o clube não vai aceitar valores mais baixos do que entendem valer só para preencher a camisa.
- Não queremos parceiros oportunistas. Queremos parceiros para escrever algo do tamanho da história que o Vasco tem. Por isso muitas vezes entramos com a camisa lisa sim, porque é um sinal. O torcedor pode não perceber, mas têm muitos agentes do mercado entendendo esse sinal. Quando a gente banca isso, apesar das pressões que existem, os resultados começam a vir devagarzinho.
Enquanto não fecha acordos definitivos, o Vasco vê em parcerias pontuais uma solução para ajudar a preencher uma pequena lacuna na vida financeira. Bruno, porém, espera contar uma história diferente até o fim do ano.
- Parceria pontual é pontual, têm processos rolando em paralelo, e a gente espera que eles de fato se concluam. A gente não está trabalhando para ficar o ano inteiro com a camisa lisa. Definitivamente não. Não acredito que essa é a história que nós vamos contar esse ano. Mas também não tenho uma previsão e não vou ser irresponsável de criar ilusões.
Fonte: ge