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Natação: Camille Rodrigues vira inspiração para jovem

Aos 12 anos, a Jovem Isabella Nucci teve parte da perna esquerda amputada devido a um câncer nos ossos e se adapta a uma prótese com a inspiração focada na história da atleta paralímpica de natação Camille Rodrigues. As duas se encontraram no hospital onde a menina faz o tratamento em Sorocaba (SP).

A atleta tem 27 anos e também faz trabalhos com dança, como a gravação para a abertura do Fantástico. Ela nasceu com uma malformação congênita e aos 3 anos de idade precisou passar por uma cirurgia.

“Eu não tinha a tíbia. Mas isso não foi problema algum, com 15 anos eu virei atleta profissional e com 20 eu comecei a fazer alguns trabalhos como dançarina”, lembra.

Os anos de luta da Camille serviram de apoio para a Isabella, que descobriu a doença em 2017, segundo o pai.

Na época, a menina começou a sentir dores na perna, coincidentemente depois de uma batida na escola. A gravidade do machucado chamou a atenção da família.

“Levantou um calombo na coxa quando a minha esposa levou ela até o médico. No raio-x, a médica de pronto já diagnosticou um tumor no fêmur”, diz Gilberto Nucci.

Os exames confirmaram o osteosarcoma, um tipo de câncer que atinge os ossos. A jovem fez quimioterapia e passou por uma cirurgia para retirar o fêmur da perna esquerda. Um ano depois, a doença voltou no joelho esquerdo e os médicos indicaram a amputação da perna.

“Quando eu descobri que ia amputar, meu pai me mostrou algumas amputadas que tinham uma vida assim, e mostraram a Camille, que tem uma vida independente, nadava e é bonita”, conta Isabela.

A menina começou a acompanhar a atleta nas redes socais e não perdia um vídeo da dançarina, que participou em clipes da cantora Anitta e do sertanejo Lucas Lucco.

O encontro

Com máscara e tudo planejado com a família, Camille viajou do Rio de Janeiro para Sorocaba, no interior de São Paulo, para dar dicas para a nova fã. A paciente aproveitou para tirar dúvidas sobre a prótese e ouvir conselhos da atleta.

Duas semanas depois da visita de Camille, a menina testou a sua própria prótese. No primeiro dia ela andou segurando nas barras.

“No primeiro momento a prótese parece um negócio muito difícil que não tem a conexão com você. Mas à medida que você for usando todo dia ela vai fazer parte do seu corpo”, explica o fisioterapeuta Nelson Nolé.

Com a ajuda dos fisioterapeutas e da família, a Isabella vai ganhando confiança. Cerca de três sessões depois, a adolescente não usou mais muletas e começou a andar normalmente. O momento foi de emoção em um abraço entre os parentes.

“Agora, quando a gente olha abertura do Fantástico, fala: ‘Meu Deus! A Bela daqui a pouco está dançando assim’”, comemora a mãe, Claudia Vilela Nucci.

Fonte: ge