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Na prancheta: Confira a análise tática de Vasco 2 x 0 Atlético-MG

O professor ligou e o Vasco atendeu. Na partida válida pela 30ª rodada do campeonato brasileiro, o cruzmaltino derrotou o Atlético-MG pelo placar de 2×0, no dia em que Ricardo Gomes voltou a falar com seus jogadores após um telefonema emocionante. Agora, o Vasco segue na cola do líder Corinthians, com 54 pontos. O Atlético, por sua vez, permanece na zona da degola a 1 ponto do rival Cruzeiro, primeiro time fora do Z4.

O placar de 2 x 0 é enganoso. Pelo volume de jogo que os donos da casa tiveram, o resultado poderia ser ainda mais expressivo. Entre outras palavras, ficou barato para o Galo. O time mineiro, absolutamente, não se achou em campo, e só cresceu em certo momento da partida, por causa da acomodação do adversário. Essas palavras não são cruéis ao Atlético, muito pelo contrário, são o reforço de uma revolta por ver o galo não ser representado de maneira condizente a sua grandeza.

O Vasco, por sinal, jogou muito bem. O time começou a toda, com muita disposição e vontade. Cristóvão Borges colocou o cruzmaltino em campo no mesmo 4-3-2-1 usado na maioria da temporada. Muito desfalcado, principalmente por volantes, o meio de campo vascaíno foi armado com Nílton mais recuado, Fellipe Bastos fazendo o vértice esquerdo e Allan o direito. Éder Luís era o ponta direita e Diego Souza fiacava na esquerda. O 4-2-3-1 vascaíno continha variações importantes mostrados na animação a seguir. (4-3-2-1 (original) – 4-5-1 (defendendo) – 4-1-2-3 (atacando).)



O Atlético-MG vinha, também extremamente desfalcado, em um 4-1-2-1-2. Dessa vez, Cuca não tentou disfarçar terceiro zagueiro nenhum, e o Galo atuou nesse esquema oriundo do 4-4-2, com o meio de campo em forma de losango. Renan Oliveira fazia (mal) o papel de 10, enquanto Richarlyson pela esquerda e Carlos César, pela direita, auxiliavam Fellipe Souto na marcação. Muito pouco criativo esse meio de campo do Galo, que no ataque tinha Neto Berola aberto, principalmente pela direita, e Magno Alves centralizado. Nada que gerasse medo no adversário. Veja o desenho tático do primeiro tempo da partida:

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Para o segundo tempo, já com dois a zero no placar, o Vasco não alterou em nada seu esquema de jogo. O time carioca nem precisava de tal, uma vez que, o domínio era amplo. O Galo voltou um pouco mais organizado, com Lima no lugar de Renan Oliveira. Serginho foi deslocado para a armação, enquanto Werley passou a atuar na lateral direita. Com isso, e mais ligado no jogo, o time atleticano ainda criou algumas boas chances de gol. Muito pouco, porém, durou essa pequena melhora alvinegra, que cessou quando Serginho foi expulso. Aí o Galo voltou a se perder na partida. Já era.

O Vasco tratou de administrar o resultado. Nada mais interessava aos cariocas após construir o resultado no início da partida. Apenas administrar. E assim fez. Entraram na equipe, Diego Rosa, na lateral esquerda, Chaparro, no meio de campo, apesar de nem ter tocado na bola, e Bernardo na ponta direita, no lugar de Éder Luís, cansado. Veja a seguir o desenho tático do segundo tempo da partida:

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Realmente, o treinador ligou e o time atendeu. Atendeu, principalmente dentro de campo, com uma partida de muita aplicação e excelente disciplina tática. Os destaques técnicos ficam para Élton, autor de um gol e de uma assistência para o outro, e Éder Luís, se movimentando muito bem. No galo, o destaque é a urgência por um padrão tático e por André e Guilherme, contratados a peso de ouro, começarem a jogar.

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Fonte: Na Prancheta