Na prancheta: Confira a análise tática de Santos 2 x 0 Vasco

Mal esperavam os vascaínos que, mesmo com uma derrota para o Santos, a diferença para o líder Corinthians continuasse inalterada. Mal esperavam os vascaínos, também, que o mesmo time que goleou o carioca, enfrentava o rival na briga pelo título para, também, derrotá-lo. É o América ora tira e em outra devolve. É o América a quem o Vasco deve agradecer por, mesmo tendo perdido sua partida para o Santos, por 2×0, o segundo lugar ter sido mantido, com o mesmo número de pontos do líder.

Santos e Vasco se propunham a fazer um belo jogo na Vila Belmiro. O time da casa vinha, após muito tempo, com a dupla Neymar e Ganso escalada. O peixe ainda contava com o apoio da sua torcida e a volta de Muricy à “poltrona” de reserva. O time da baixada santista vinha escalado em um 4-3-1-2, com Adriano responsável por anular Diego Souza, e Durval fazendo o mesmo pra cima de Éder Luís.

O Vasco vinha com a motivação de voltar a liderança ou, de pelo menos, não deixa-la distante. Para isso, o time de São Januário vinha pra Vila Belmiro, ainda que bastante desfalcado, com pretensões de vitória. Armado por Cristóvão Borges, em um 4-3-2-1, reeditando o esquema base da temporada, o Vasco contava com a volta de Diego Souza, atuando pela esquerda.



A marcação santista prevaleceu no primeiro tempo e, bem encaixada, voltou a fazer a diferença na segundo parte do jogo. Todo o time do Vasco estava marcado. Éder, Diego, Élton. Até os volantes que chegavam de trás. Fágner também recebia forte marcação. Por isso, o time carioca não conseguia jogar e fazer o que mais sabe: trabalhar com a posse de bola.

Anulado totalmente, e tendo que marcar nada mais, nada menos, que Neymar, o Vasco não suportou o Santos e tomou os dois gols que consolidaram a vitória anfitriã.

Na segunda etapa, Cristóvão ainda tentou alterar a estrutura vascaína, colocando Bernardo e Leandro. As alterações, porém, de pouco adiantaram, porque mudaram muito pouco o jeito de jogar da equipe, não fazendo com que o Santos tivesse que, ao menos, mudar o seu esquema de marcação.



Pelo menos mais um pouco de trabalho o Vasco devia ter dado ao Santos. Para quem briga por um título nacional, as derrotas não podem ser vendidas tão facilmente. Cristóvão devia ter alterado a estrutura do time, ao ver que a marcação adversária estava encaixada. Suas mudanças foram pouco produtivas e muito tímidas, beirando a covardia.

Uma das possíveis soluções táticas para os cruzmaltinos seria mudar o esquema de jogo para um 4-2-3-1, com três meias ofensivos e dois volantes em linhas. Dessa forma:



Assim, o Vasco até podia ter perdido, porém, se assim fosse, a derrota não seria cedida ao adversário com tanta facilidade. Se o Vasco quer ser campeão, medos devem ser deixados de lado. Arriscar é preciso em São Januário.

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