Na base da conversa, Autuori completa 2 semanas de Vasco otimista
Neste sábado, Paulo Autuori completa duas semanas como técnico do Vasco. Depois de quase quatro anos fora do país, no comando da seleção do Catar, o experiente treinador se depara com o que, na opinião de muitos, pode ser um dos maiores desafios de sua carreira: fazer com que o Vasco tenha uma equipe competitiva. Para ele, o objetivo vai muito além disso. Unindo a paixão de torcedor que sempre admitiu ser e a experiência de quase 40 anos no mundo do futebol, Paulo como o próprio gosta de ser chamado, recusando a alcunha de professor quer reerguer o clube, reestruturar o futebol cruz-maltino.
Na longa reunião que antecedeu o acerto com a diretoria do Vasco, no dia 22 de março, Autuori tomou conhecimento do difícil panorama financeiro com o qual teria que conviver caso aceitasse o cargo. O treinador ouviu do diretor geral do clube, Cristiano Koehler, e do diretor executivo, René Simões, que a situação era complicada. Os salários de jogadores e funcionários estavam atrasados há dois meses e o prazo para o pagamento do terceiro se aproximava. Os dirigentes garantiram que, a partir do meio do ano, isso vai mudar. Paulo confiou nas palavras do amigo de longa data, René Simões, pediu para que Ricardo Gomes, que pensava em largar o cargo de diretor técnico, ficasse no projeto e aceitou o desafio.
No dia seguinte, 23 de março, já arregaçou as mangas e foi a campo, antes mesmo da apresentação oficial, comandar o primeiro treino. Foi quando se pôde reparar em uma das principais características do treinador: ele costuma conversar, quase que diariamente, com os jogadores. Logo na primeira atividade, foi um longo bate-papo, que se repetiu por diversas vezes nos quinze dias seguintes. Individualmente ou em grupo, Autuori encontrou na conversa uma maneira de manter a motivação do grupo, apesar de todas as dificuldades dentro e fora de campo.
Foto: Marcelo Sadio/Vasco.com.br
- Às vezes eu chamo e às vezes eles me chamam para conversar. Para mim, é um prazer conversar com eles. Trabalhar nas condições em que eles estão trabalhando não é fácil. Eu, como técnico, só tenho que, depois do treino, parabeniza-los. Eles estão dando o melhor que têm e isso é o mais importante conta o treinador.
Autuori, no entanto, admite que ainda não conseguiu fazer com que o resultado do que vem sendo feito nos treinamentos apareça dentro de campo. Nos dois primeiros jogos, um empate com o Olaria e uma derrota para o Botafogo deixaram o Vasco praticamente sem chances de classificação para a fase final da Taça Rio. O treinador não esconde a preocupação, mas segue confiante de que o esforço vai ser recompensado mais adiante.
- Na minha cabeça está claro o que a gente tem que fazer. Tem que chegar no Campeonato Brasileiro com uma base. Se tivermos que contratar jogadores, eles têm que entrar em uma equipe pronta, somente com as características deles, com o perfil certo. É nisso que eu, Ricardo e René estamos trabalhando muito garante Autuori.
Até a estreia no Brasileirão, dia 26 de maio, contra a Portuguesa, Paulo tem exatos 50 dias para trabalhar. Ao contrário do pessimismo que se percebe em parte da torcida do Vasco, o treinador parece convicto de que vai conseguir alcançar os objetivos traçados. E é na base da conversa que ele tenta espalhar esse otimismo ao elenco cruz-maltino.
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