Política

MUV denuncia que caso Dener custará R$ 10,2 milhões ao Vasco

“Caso Dener” custou R$ 10,2 milhões ao Vasco

Na última terça-feira (25/9), o vice-presidente jurídico do Vasco informou à imprensa que o clube chegou a um acordo com a viúva do jogador Dener, falecido em 1994, quando estava emprestado ao clube pela Portuguesa de Desportos. No mesmo dia, foi publicada uma nota no site oficial do Vasco informando que o acordo foi fechado com a promessa de pagamento de R$ 3,2 milhões, através da 56ª Vara do Trabalho do TRT do Rio, centralizadora das ações trabalhistas contra o clube. Somente hoje (27/9), foi divulgada a informação de que o acordo na verdade foi firmado em R$ 5 milhões: R$ 3,2 milhões, pelo TRT, e R$ 1,8 milhão, em trinta e seis parcelas de R$ 50 mil. O acordo prevê ainda que em caso de inadimplência das parcelas, estas sofrerão um acréscimo de 30%, e a antecipação do vencimento de todas as demais.

Se este acordo for respeitado, o “Caso Dener” terá dado um prejuízo aos cofres do clube de, no mínimo, R$ 10,226 milhões. Já que a diretoria pagou US$ 90 mil à mãe do jogador, logo após o acidente, pois não reconhecia a esposa e filhos como beneficiários do seguro; R$ 4,6 milhões a Portuguesa, em julho de 1999, em uma ação civil, indenizatória, na qual o Vasco foi “defendido” pelo advogado Eurico Ângelo de Oliveira Miranda, que ao perder o prazo de contestação, tornou o Vasco revel da ação. Posteriormente, o clube contratou o Escritório de Advocacia Zveiter, do qual fazia parte o advogado e hoje Corregedor do Tribunal de Justiça do Rio, Luiz Zveiter, e gastou mais R$ 426,5 mil.

A ação movida pelo espólio da família do jogador, que se arrastou por treze anos, tinha o valor de cálculo judicial de R$ 18 milhões, em outubro de 2006, conforme divulgado no site do Movimento Unido Vascaíno (MUV). O motivo da ação, na qual a diretoria do Vasco foi derrotada em todas as instâncias, foi a não contratação, pelos dirigentes, de um seguro de vida e acidentes pessoais do atleta, em favor da Portuguesa de Desportos, como previa o contrato. O “Caso Dener” entra para a história do Vasco como o mais emblemático episódio de incompetência comprovada na gestão de seus negócios.

Este tipo de acordo foi similar ao realizado anteriormente com o atleta Edmundo, que tivera sentença favorável no valor de R$ 14 milhões, mas que pela dificuldade em receber, mesmo na justiça do trabalho, fez um acordo no valor de R$ 2,6 milhões onde ao final só recebeu as duas primeiras parcelas. O caso voltou para a justiça.

Fonte: Assessoria de Imprensa do MUV