Futebol

Mudança de formato da Sul-Americana pode beneficiar times brasileiros

A mudança no formato de disputa da Copa Sul-Americana, agora com fase de grupos, mas principalmente pelo privilégio a brasileiros e argentinos, que terão ao menos seis times cada nessa etapa atuando seis jogos no mínimo cada um, fazem a Conmebol projetar considerável aumento de receita para a competição, com novos acordos comerciais e de direitos de transmissão.

Se isso se tornar realidade é provável que também haja um acréscimo significativo na premiação dada aos clubes que participam da Sul-Americana, hoje com valores bem inferiores aos da Libertadores. Não há números fechados, até porque é preciso capitalizar primeiro, mas há uma estimativa de aumento de pelo menos 50%. O campeão da Sul-Americana 2020, se for um time que iniciou a competição da primeira fase, fará 11 partidas e receberá US$ 6,57 milhões (R$ 37 milhões).

Em 2021 uma equipe que iniciar pela Sul-Americana, e não migrando da Libertadores direto para as oitavas (como terceiro de grupo), atuará 13 vezes, duas a mais portanto. Mas poderá ganhar quase US$ 10 milhões (R$ 56,7 mi) se levantar a taça, sempre na estimativa hoje feita por parceiros da Conmebol. O campeão da Libertadores de 2020 receberá US$ 22,5 milhões (R$ 127,6 mi).

A Confederação Sul-Americana e a FC Diez Media, empresa criada por IMG e Perform para vender direitos dos torneios de clubes sul-americanos, quebraram a cabeça para encontrar uma fórmula que tornasse a Sul-Americana mais atraente a patrocinadores e detentores de direito de transmissão. Ouviram de quase todos que o torneio, em formato mata-mata desde o início, se tornava imprevisível, com times de maior expressão caindo rapidamente e fazendo, na pior das hipóteses, somente dois jogos.

2020 é um bom exemplo: dos seis brasileiros classificados, quatro caíram ainda na primeira fase. Sobraram Vasco e Bahia, que devem receber a companhia do São Paulo migrando da Libertadores como terceiro do seu grupo. A ideia de receber times da principal competição do continente, por sinal, foi uma das primeiras para tentar tornar a Sul-Americana mais atraente.
 

Fonte: Blog do Marcel Rizzo - UOL