Mudança constante pode ser explicação para imaturidade do time
De acordo com a psicóloga Mara Raboni, um dos motivos pelos quais o Vasco não atinge a tão comentada maturidade do grupo seriam as constantes mudanças na equipe titular. A especialista explica que a falta de prática em conjunto pode acarretar uma desarmonia no grupo.
De fato, nas últimas cinco partidas do Vasco, Celso Roth não repetiu em nenhum momento a equipe titular. As mudanças são ora por decisão do treinador, ora por suspensão por cartões ou por lesão.
O técnico do Vasco utilizou 16 titulares diferentes nas últimas cinco partidas, sendo que apenas três atuaram nos cinco jogos: o goleiro Silvio Luiz, o lateral Wagner Diniz e o atacante Leandro Amaral.
Para a partida de amanhã, Roth pode ser obrigado a fazer mais uma mudança. O volante Perdigão não treinou ontem em São Januário, já que teve recentemente uma lesão muscular na coxa direita. Por isso, o camisa 10 vascaíno poderá ser poupado do jogo.
Outra dúvida era Conca. Ele saiu de campo no domingo passado com três dos oito pontos de um corte no calcanhar direito abertos e sua presença contra o Lanús (ARG), pela Sul-Americana, foi dada como incerta. No entanto, ontem, o argentino deu voltas em torno do campo e vai jogar amanhã.
Maturidade do grupo não está ligada com a idade. Ela é atingida através de uma seqüência prática.
Por exemplo, em uma orquestra, cada músico pode ter uma grande habilidade individual, mas a banda só tocará bem depois de uma prática em conjunto.
Se há trocas constantes de peças, a maturidade demora a vir.
Quando isso acontece, cada pessoa sabe seu papel e as coisas funcionam com mais harmonia.
Essa situação de decisão afeta com a auto-confiança dos jogadores, pois eles são abordados e questionados por dirigentes e torcedores a todo momento.