Mudam-se as peças, mas o cenário tem sido o mesmo para o Vasco
Mudam-se as peças, mas o cenário tem sido o mesmo para o Vasco desde o início de 2018. A temporada começou com Zé Ricardo como técnico e problemas defensivos que davam as caras com frequência. Sete meses depois, Jorginho é o treinador e a equipe não é mais a mesma. Em campo, porém, os mesmos problemas.
Os melhores momentos de Vasco 1 x 4 Corinthians pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro
Tem sido normal para o Vasco oscilar. A torcida até se ilude depois de boas atuações, como na vitória por 1 a 0 sobre o Grêmio, com um a menos desde o começo do primeiro tempo, há uma semana, em São Januário. Em apenas oito dias, o cenário já é diferente: dois jogos depois, o Vasco sofreu sete gols e só perdeu.
O momento, que era bom, já gera dúvidas. O zagueiro Ricardo, por exemplo, falhou em dois gols na derrota por 3 a 1 para a LDU e no último na goleada por 4 a 1 para o Corinthians, em que o Cruz-Maltino teve um péssimo desempenho no segundo tempo. Mas Ricardo está longe de ser o único culpado... É, na verdade, só um exemplo do grande drama da equipe em 2018.
Ricardo, antes do início do jogo contra o Corinthians: zagueiro oscila na temporada (Foto: Carlos Gregório Jr/Vasco.com.br)
O maior problema é justamente que a “rotina” não é um privilégio de Ricardo. O Vasco tem oscilado durante toda a temporada, independentemente das competições que disputa. Foi eliminado na fase de grupos da Libertadores e nas oitavas de final da Copa do Brasil – e foi goleado nas duas.
Outra mostra da oscilação coletiva veio no torneio continental. Depois de vencer por 4 a 0 em São Januário, o Vasco viu o Jorge Wilstermann fazer 4 a 0 na partida de volta da segunda fase, mata-mata. O Cruz-Maltino levou a decisão por uma vaga na fase de grupos para os pênaltis, mesmo depois de golear em casa – vale ressaltar a altitude de 2.810m de Sucre, na Bolíva, onde foi disputado o segundo confronto.
Já na fase de grupos, o Vasco estreou com derrota por 1 a 0 para a Universidad de Chile, em casa, e depois empatou com o Cruzeiro em 0 a 0, fora. Parecia ter chances de ir às oitavas de final... Quando o momento parecia bom, porém, nova oscilação: foi goleado por 4 a 0 por Racing (fora) e Cruzeiro (em São Januário).
Derrota para o Racing na Argentina, ainda com Zé Ricardo no comando, foi uma das goleadas sofridas no ano (Foto: Reuters)
Péssimo desempenho também na Copa do Brasil: estreou nas oitavas de final perdendo por 3 a 0 para o Bahia, na Fonte Nova, e teve de buscar o resultado em São Januário, mas fez “só” 2 a 0 e não avançou. Pelo Campeonato Brasileiro, perdeu pelo mesmo placar para o Tricolor fora de casa.
No Brasileirão a oscilação não fica tão aparente, por ser uma competição de pontos corridos e o Vasco não estar tão mal classificado - com dois jogos a menos, tem 19 pontos e ocupa a 12ª posição -, mas ela existe. Antes da derrota por 3 a 0 para o Bahia, o Cruz-Maltino havia mostrado bom futebol contra Vitória, Flamengo e Universidad de Chile (pela Libertadores, fora de casa). Aí, quando os torcedores acreditavam numa arrancada, teve péssima atuação na Fonte Nova.
E não tem sido por falta de tentativas de mudanças. A zaga, por exemplo, já foi modificada diversas vezes. A dupla atual é formada por Breno e Ricardo, mas já teve Paulão e Erazo, Ricardo e Erazo, Ricardo e Luiz Gustavo, Paulão e Ricardo, Werley e Ricardo, Werley e Erazo, e Paulão e Werley. Em diversos momentos a defesa deu sinais de evolução, mas falhas individuais são recorrentes na temporada. Ao todo, são 66 gols sofridos e 64 marcados em 2018.
Enquanto isso, o técnico Jorginho segue tentando buscar o fim das oscilações para que o Vasco consiga subir na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro e, quem sabe, a classificação para a próxima fase da Sul-Americana depois de perder o jogo de ida para a LDU – o Cruz-Maltino precisa vencer por 2 a 0 em São Januário.
Fonte: geMais lidas
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