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MPF apura se Eurico Miranda nomeou motorista como secretário parlamentar

O Ministério Público Federal (MPF) informou nesta quinta-feira que investiga se o ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro Eurico Ângelo de Oliveira Miranda praticou crime de peculato - desvio der recursos públicos por servidor -, de fevereiro de 1995 a fevereiro de 2003. Neste período, segundo o MPF, o político teria nomeado seu motorista particular como secretário parlamentar sem que ele deixasse de atuar na função original, de natureza privada, no Rio.

A investigação foi inicialmente aberta pela Procuradoria da República no Rio de Janeiro após ser comunicada pela 57ª Vara do Trabalho de um processo do motorista contra Miranda. Os autos do processo trabalhista citam ainda um período em que o motorista foi pago pelo Clube de Regatas Vasco da Gama, em prática semelhante à que teria sido consumada na Câmara dos Deputados.

Como o prejuízo foi da Câmara dos Deputados, o MPF-RJ remeteu o procedimento para a Procuradoria da República no Distrito Federal. Eurico Miranda, que já foi presidente do Vasco da Gama, foi eleito em janeiro deste ano para presidir o Conselho de Beneméritos do clube.


O MPF (Ministério Público Federal) começou uma investigação para apurar se Eurico Ângelo de Oliveira Miranda, ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro e ex-presidente do Clube de Regatas Vasco da Gama, desviou recursos públicos (crime de peculato) de fevereiro de 1995 a fevereiro de 2003.

De acordo com informações do Ministério Público, o político teria nomeado, nesse período, seu motorista particular como secretário parlamentar sem que ele deixasse de atuar na função original, de natureza privada, no Rio de Janeiro.

Histórico na Justiça

Há quatro anos, em 2006, o MP-RJ (Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro) ofereceu denúncia contra Miranda e Antônio Soares Calçadas, que também foi presidente do clube, e o primeiro vice-presidente, Amadeu Pinto da Rocha, por não recolherem a contribuição previdenciária durante as respectivas gestões da entidade, numa soma estimada em R$ 2,1 milhões.

No ano seguinte, o ex-deputado federal foi condenado pela 4ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro a dez anos de prisão e a multa de R$ 53 mil por crime contra a ordem tributária e poderia recorrer em liberdade.

Fonte: Terra/24 Horas news