Movimento nas bilheterias gera estranheza entre torcedores
Ingresso a R$ 100 reais, jogo a 146km de distância do Rio de Janeiro (considerando percurso entre Engenhão e Raulino de Oliveira), sábado de carnaval, violência entre torcidas, atraso na divulgação do local e horário da partida por conta de liminar que determinou torcida única no estado, uma combinação que fez com que as duas principais bilheterias para o clássico entre Vasco e Flamengo, pelo Campeonato Carioca, estivessem completamente desertas na manhã desta sexta-feira. A reportagem do GloboEsporte.com esteve nos dois locais, e a espera até que um torcedor aparecesse para comprar uma entrada foi de cerca de 10 minutos em cada uma. A última parcial é de mil ingressos vendidos.
Em ambas as sedes, a surpresa pela ausência de fila, e reclamações. Na Gávea, os seguranças conversavam, sem ter o que fazer. Também mostraram surpresa com a falta de torcedores interessados na partida.
- O que podemos falar para o torcedor é que, numa semana tão difícil, as forças de segurança deram garantias e fica o apelo para que prestigiem o clássico, que será da paz fora das quatro linhas e de alto nível dentro. Ainda temos a convicção de que entre hoje e amanhã as vendas aqueçam e o estádio encha para este Flamengo e Vasco pela semifinal da Taça Guanabara. Vamos ao jogo e paz no futebol! - disse o presidente da Federação de Futebol do Rio (Ferj), Rubens Lopes.
Mas a bronca é grande. Todos os torcedores consultados listaram os mesmos motivos para a falta de interesse pelo chamado "Clássico dos Milhões". Na Gávea, Diego Nunes, de Duque de Caxias, chegou a pensar que os ingressos estavam esgotados ao ver a calçada completamente vazia.
- Achei estranho. Tudo motivado pela questão de ter a Justiça ter embargado aí a torcida mista, demorou a ser liberado, muita gente criou compromissos para o carnaval. Uma mistura de coisas né. A confusão no Engenhão, carnaval, embargo da Justiça, essa questão de estar muito em cima, acho que até fere o Estatuto do Torcedor um pouco... A galera está meio desmotivada por conta até da própria federação não se organizar, não programar, a própria PM dizer que não tem efetivo, aí de última hora conseguir Volta Redonda. Acho que tudo isso interferiu no grande espetáculo que sempre foi Flamengo x Vasco. Nunca aconteceu isso. Quando cheguei pensei até que já tinha esgotado. É estranho. Bem ruim.
Cerca de dez minutos depois, Breno Prado apareceu para comprar a sua entrada. Ao chegar na bilheteria, comentou com a funcionária:
- Onde está a fila?
Depois, deu sua opinião sobre o que causou essa imagem incomum na véspera de um confronto entre os dois tradicionais rivais da cidade:
- Primeira vez que vejo isso, a bilheteria completamente vazia assim antes de um clássico, fiquei até assustado. Vim de ônibus com medo de ter muita fila. Acho que o jogo não deveria ser em Volta Redonda, deveria ser no Rio, por causa do carnaval e do risco de confusão na estrada. Essa questão da torcida única também, começou a vender hoje (a venda se iniciou na quinta-feira em Volta Redonda, mas somente nesta sexta no Rio), o jogo é amanhã, está errado isso. Já fui há uns 30 ou mais Flamengo x Vasco, há mais de 20 anos vou a jogos, achei muito estranho isso de não ter ninguém na fila.
Em São Januário, situação idêntica. Bilheteria deserta e nada que indicasse um ambiente de clássico decisivo. Situação que também causou estranheza na casa cruz-maltina. Carlos Eduardo Bastos, de 27 anos, não hesita em dizer que, além de todos os fatores já citados, o torcedor carioca vem perdendo interesse no campeonato.
- Primeira vez. Desse jeito, vazio assim, é a primeira vez. Acho que é um conjunto de fatores. A Polícia Militar, nessa situação que está o Rio de Janeiro, não está prestando aquele apoio que prestava antigamente, e o interesse do torcedor carioca vem caindo muito também, a verdade é essa. O carnaval influencia, mas se for comparar com São Paulo, também tem carnaval e estádio lotado sempre. O preço alto também, é uma semifinal de Taça Guanabara, não é nem a semifinal do estadual ainda. É aquele amor, aquela doença que a gente tem pelo futebol, pelo Vasco da Gama, só isso mesmo para fazer ir nesse jogo. Desanima um pouco, mas chega lá, o Nenê mete um, o Escudero mete outro e fica todo mundo feliz.
Fonte: geMais lidas
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