Futebol

Mesmo agredida, bombeira seguiu atendendo torcedores: 'Tem que continuar'

A bombeira Juliana Martins, agredida com um chute quando estava no chão por um invasor de campo em Sport x Vasco, continuou a trabalhar após o ocorrido atendendo torcedores que passavam mal. Ela disse que não sentiu a agressão no momento.

"Para falar a verdade, não senti na hora. Acho que a adrenalina estava tão alta que eu não senti, entendeu? Eu só senti depois que os meninos mostraram a filmagem e senti a perna doendo, mas trabalho que segue, tinha muita gente passando mal na ambulância, como vocês viram, e a gente está aqui para dar o melhor, tentar amenizar quem está passando mal."

Juliana também disse que tomará mais cuidado nas próximas partidas. Mas, ainda que algo volte a acontecer, não irá parar de realizar seu trabalho.

- Vou ficar receosa na próxima, tentar me resguardar um pouco, mas o trabalho tem que continuar, porque o trabalho é o mais que mais importa. Estou bem.

Depois da invasão, muitos torcedores que não estiveram envolvidos passaram mal com o uso de spay de pimenta por parte da Polícia Militar de Pernambuco. A confusão aconteceu após parte da torcida do Sport, na arquibancada da sede, ter invadido o campo do jogo para agredir jogadores do Vasco no momento da comemoração do gol de empate, aos 49 minutos do segundo tempo.

Tanto Juliana quanto outro bombeiro agredido, Diego Correia, prestaram boletim de ocorrência após a partida. Diego é o profissional que aparece sendo agredido logo no início da invasão, nas imagens da transmissão da Globo.

"Foi um estouro, o portão abriu, entrou muita gente ao mesmo tempo, para pedir mais calma, e o nosso serviço é para prevenir, mas eles vieram para cima, não pude deixar que agredisse as meninas. Tinha acontecido uma vez, duas vezes, coisa parecida, mas hoje foi diretamente comigo", lamentou Diego.

Reprodução
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Fonte: ge